Após mais um dia de caos nos aeroportos brasileiros, a Aeronáutica determinou, na noite desta quarta-feira (20), a prisão administrativa do sargento Carlos Henrique Trifilio Moreira da Silva, presidente da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta), noticia G-1.
O militar, que deve cumprir 24 dias de prisão, trabalha há 20 anos no controle aéreo. Depois do início da crise no setor aéreo, ele foi transferido para a base aérea de Guarulhos, na Grande São Paulo. O advogado do presidente da Febracta, Tadeu Correa, afirmou que irá entrar, até o fim desta semana, com mandado de segurança na auditoria da Justiça Militar de São Paulo para evitar a detenção de Trifilio.
A Constituição não prevê habeas corpus para punição administrativa militar. Porém, a mesma Constituição diz que qualquer pessoa tem direito à defesa. Meu cliente não teve o direito à ampla defesa, disse Correa.
O próprio advogado, no entanto, acha difícil reverter a situação de Trifilio. Em se tratando de casos militares, não será fácil mudar a situação, pois a corporação é muito rígida e nem é muito comum vencer um caso assim.
Trifilio não será detido imediatamente. Sua prisão é uma punição administrativa e só será cumprida a partir do dia 2 de julho, data agendada para ele se apresentar à Aeronáutica.
A situação nos aeroportos continua tensa. O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo, registra pelo menos 15 vôos - sete partidas e oito chegadas - com 45 minutos ou mais de atraso entre 0h e 7h desta quinta-feira (21). Segundo a tabela da Infraero na internet, entre 6h30 e 7h, oito partidas estão sem previsão no aeroporto.
O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, abriu às 5h30. Até as 6h30, seis vôos estavam programados no aeroporto e nenhum registrou atraso igual ou superior a 45 minutos, de acordo com a Infraero.
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