O senador José Agripino Maia, líder do Democratas no Senado, criticou ontem (04)a falta de reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às ofensas de Chávez e afirmou que seu partido está estudando a possibilidade de trabalhar pela obstrução da inclusão da Venezuela no Mercosul.
Segundo o senador, caso não haja uma retratação pública do presidente daquele país, Hugo Chávez, que chamou o Congresso brasileiro de papagaio dos americanos, o Democratas vão pedir a saída da Venezuela do bloco econômico formado ainda pelo Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai.
O país governado por Hugo Chavez está incluído nas relações comerciais do Mercosul desde julho de 2006, e estava em fase de inclusão oficial no bloco.
As democracias do mundo vão vigiar Chávez. Faremos nossa parte, questionando a adesão da Venezuela - a menos que haja retratação - no Mercosul. Queremos ver o bloco, no mínimo, democrático por inteiro, avisou o parlamentar. Hugo Chávez ficou irritado com o voto de recomendação enviado pelo Senado brasileiro a ele em que os parlamentares brasileiros pediram ao presidente que revisse sua decisão de retirar a concessão do canal de televisão RCTV.
José Agripino considerou a reação do presidente venezuelano, no mínimo, desrespeitosa. Ele lembrou que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional já enviou dezenas de requerimentos e, nunca, nenhum deles foi recepcionado com tanta agressividade. O Senado brasileiro tem obrigação de se manifestar, principalmente quando o que se está em jogo são os direitos humanos. Já enviamos requerimento até para a ONU e não fomos ofendidos assim, contou.
O líder democrata criticou a falta de reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às ofensas de Chávez. Segundo ele, Lula teve um comportamento apático. Lula teve o despautério de dizer que a obrigação dele é cuidar do Brasil, assim como Chávez da Venezuela.
O Congresso brasileiro ficou falando sozinho, disse. Para Agripino, Lula deveria ter adotado um posicionamento em defesa do país. O presidente Lula tinha a obrigação de defender o Brasil. Vou reunir a bancada e vou propor uma posição forte de obstrução e contestação, a menos que haja uma retratação do presidente da Venezuela, concluiu Agripino.
Com Agências
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