O governo de Mato Grosso admitiu neste sábado (26) que houve negligência na simulação da Polícia Militar que resultou na morte do menino Luís Henrique Dias Burlhões, de 13 anos, atingido na cabeça por um tiro disparado por engano.
O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Carlos Brito, disse neste sábado à Folha Online que os sete policiais envolvidos diretamente com a apresentação de Rondonópolis (219 km de Cuiabá) --que resultou na morte de um menino de 13 anos-- serão afastados até o final da investigação do caso. Durante a simulação de um resgate dentro de um ônibus foram feitos disparos com munição real, em vez de balas de festim, em direção às pessoas que participavam do evento. Além da morte de Luiz Henrique Dias Bulhões, 13, outras nove pessoas --entre elas seis crianças-- ficaram feridas.
Brito afirmou que os policiais já foram ouvidos pela delegacia da cidade e terão que depor também para a Corregedoria da Polícia Militar. Segundo ele, os policiais ficarão detidos no quartel local enquanto estiverem sendo ouvidos.
A Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar o que ocorreu, informou o secretário. "No mínimo, houve negligência. As regras de segurança não foram seguidas", afirmou.
Segundo ele, o Estado de Mato Grosso vai suspender as apresentações de policiais militares que envolvem disparos. "Já foram feitas mais de mil apresentações e em nenhuma deles houve qualquer problema. Mas somos obrigados a suspender essas apresentações."
Brito criticou o descumprimento das medidas de segurança previstas em simulações desse tipo. "Se as normas tivessem sido seguidas, nada disso teria acontecido."
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