O escritor moçambicano Mia Couto, foi atribuido o prémio na quarta
volta do escrutínio pelo júri do Prémio União Latina de Literaturas Românicas.
O Prémio é dotado de uma soma de 12.000 euros, repartidos da seguinte maneira: metade da soma será dada ao laureado, a outra servirá em prioridade para contribuir para as despesas de tradução e de publicação de uma obra de ficção do laureado numa língua latina que não a língua de origem da obra premiada.
António Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto, nasceu na Beira (Moçambique) em 1955. Jornalista, dirigiu o jornal Notícias de Maputo e a revista Tempo. Iniciou estudos de medicina e de biologia, e tornou-se biólogo na reserva natural da Ilha da Inhaca, em Moçambique.
Em 1983, publicou uma primeira colectânea de poesia, Raiz de Orvalho. Enveredou em seguida pela escrita de contos. Publicou successivamente Vozes Anoitecidas (1986), Cada Homem é uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada (2001) e O Fio das Missangas (2003). As suas novelas conhecem também um sucesso internacional desde a publicação da primeira, Terra Sonâmbula (1992), até a última O Outro Pé da Sereia (2006), passando por A Varanda do Frangipani(1996), Mar Me Quer (1997), Vinte e Zinco (1999), O Gato e o Escuro (2001), O Último Voo do Flamingo (2002), Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (2002) e A Chuva Pasmada (2004). Suas obras são com efeito traduzidas em francês, inglês, espanhol, alemão e italiano. Além disso muito comprometido com os problemas do nosso mundo actual, multiplicou as crónicas, reunidas em 2005 numa colectânea intitulada Pensatempos. Textos de opinião. Foi recompensado com vários prémios para o conjunto da sua obra, o mais importante sendo o Prémio Vergílio Ferreira que recebeu em 1999.
Fonte Nova Cultura
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