A Gol Linhas Aéreas anunciou a compra da Varig. O presidente Constantino de Oliveira Júnior deu uma ótima notícia para os aeronautas. Em nota enviada à imprensa, Constantino afirmou que a Gol irá, em médio prazo, dobrar a frota atual da companhia.
- Haverá expansão na oferta de postos de trabalho no setor e a demanda será ainda melhor atendida, afirmou.
Para a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, a compra da Varig pela Gol está vindo em um bom momento, se analisarmos o processo como uma forma de a empresa voltar a crescer e se tornar uma opção para o usuário, que, nos últimos meses, vem sendo penalizado pelo caos aéreo.
Apesar de ainda não ter obtido todas as informações sobre o processo para manifestar uma posição oficial, ela afirmou que, se toda a arquitetura anunciada for legal juridicamente, os aeronautas estão apoiando a iniciativa da Gol.
Ao ser questionada sobre se a categoria temia novas demissões na empresa, Graziella Baggio advertiu que, mantendo o nome Varig, o comprador terá que herdar o atual quadro de 2.500 empregados.
A presidente do Sindicato dos Aeronautas disse ainda que, caso se concretize a promessa de compra de novas aeronaves para aumentar a frota da Varig, esta será uma boa oportunidade para se empregar os trabalhadores que ainda não foram reabsorvidos pelo mercado.
-Inclusive, temos um termo de compromisso que garante a contratação desses funcionários, concluiu.
A Gol, no entanto, não vai pagar dívida da antiga Varig. O comunicado diz que "a Varig é a empresa formada a partir da Unidade Produtiva Isolada (UPI) da VARIG, criada no âmbito do Plano de Recuperação Judicial da VARIG, Rio Sul e Nordeste (Empresas Recuperadas) e adquirida pela VarigLog no Leilão Judicial realizado em 14.7.2006. Nos termos da Lei de Recuperação de Empresas (Lei n. 11.101/2005), a UPI foi criada e alienada inteiramente livre de passivos de qualquer natureza (civis, trabalhistas, tributários, previdenciários etc.), devendo ser cumpridas as condições estabelecidas no Edital do Leilão, como forma de garantir o pagamento dos credores e a subsistência da Empresas Recuperadas".
Um dos problemas desse passivo é o fundo de pensão Aerus, que, a partir de abril, não terá mais dinheiro para pagar os 4.400 beneficiários.
Fonte Globo
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