A nova pane no Cindacta 1, responsável pelo controle do espaço aéreo nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, provocou total paralisação de vôos e decolagens na manhã de ontem nos principais aeroportos do País e mobilizou autoridades do governo federal, que temiam a repetição do caos vivido nos aeroportos no fim do ano passado.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, foi acionado. O novo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, preferiu ir pessoalmente até as instalações do Cindacta 1, em Brasília, para avaliar de perto os reflexos da pane no sistema informatizado.
Somente depois de contornada a pane, o Ministério da Defesa prestou informações sobre o apagão de ontem. Por meio de nota à imprensa, informou que o problema interrompeu os contatos entre a sala de plano de vôo - chamada de sala AIS, no jargão dos aeronautas - e o controle de tráfego aéreo.
Com isso, o gerenciamento teve de ser feito manualmente. A nota oficial da Aeronáutica atribuiu inicialmente os problemas de atrasos de vôos ao fechamento do Aeroporto de Congonhas por duas horas, a partir das 7 horas, por causa das fortes chuvas que atingem a capital paulista desde sexta-feira.
Técnicos da Aeronáutica relataram que, com a pane, o servidor principal do Cindacta 1 precisou ser reiniciado. O hardware teve de ser removido e limpo, para depois ser reinstalado todo o programa. Depois, foram refeitos a formatação, a reestruturação e os testes, até a liberação para uso. O mesmo procedimento se repetiu no servidor auxiliar.
Como o sistema não estava fornecendo, na tela do radar, informações confiáveis, os técnicos de informática aconselhavam aos controladores não operar, de imediato, o sistema online. Por isso, as comunicações de autorização de vôos continuaram a ser feitas apenas por telefone até as 14 horas.
Fonte Agência Estado
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