A Polícia Federal isentou ontem (13) os controladores de vôo de Manaus (AM) de responsabilidade no acidente com o Boeing da Gol, que caiu após se chocar com o jato Legacy, deixando 154 mortos em setembro passado.
De acordo com o delegado Renato Sayão, que investiga o caso, não houve falha do Cindacta-4 (centro de controle de tráfego aéreo de Manaus), já que o Legacy ficou sob responsabilidade de Manaus por apenas dois minutos até o acidente. Segundo ele, neste intervalo não havia nada que os controladores locais poderiam ter feito para evitar a colisão.
Para o delegado, a culpa do acidente foi dos pilotos do Legacy e dos controladores do Cindacta-1, de Brasília. "Os pilotos do Legacy realmente falharam, não podemos voltar atrás. De fato o jato estava a 37 mil pés", afirmou Sayão, explicando que esta era a mesma altitude em que voava o Boeing. "Infelizmente, o Cindacta-4 não sabia, a transferência feita pelo controle aéreo de Brasília informou 36 mil pés", disse o delegado "Manaus recebeu uma bomba com um pavio prestes a estourar".
Durante a terça, a PF ouviu, em Manaus, três sargentos da Aeronáutica - entre eles o controlador que estava operando o tráfego aéreo no dia do acidente - e o comandante do Cindacta-4, coronel Eduardo Carcavalo. O delegado contou que, em depoimento, o controlador do Cindacta-4 afirmou que os operadores de Brasília lhe passaram a altitude errada ao transferir o controle do jato.
Sayão disse que estes depoimentos foram as últimas providências investigativas do inquérito, mas que precisará de pelo menos mais 60 dias para concluir as investigações.
Fonte : Veja OnLine
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