"Não há consenso sobre a vacinação mesmo entre os científicos, que é em quem nos devemos basear", declarou Jaime Silva salientando "a necessidade de todos tomarem as mesmas medidas" contra o H5N1, que "só assim poderão ser eficazes".
Segundo o ministro, França quer vacinar os gansos e os patos "porque tem uma indústria de 'foie-gras' muito importante, mas outros países, como a Alemanha, acham que pode ocultar a doença".
"Nesse contexto, o Governo português espera os pareceres do Comité Veterinário Permanente e adoptará as medidas em função das pessoas que têm conhecimentos científicos da matéria", acrescentou.
O ministro, que falava à entrada da reunião dos ministros da Agricultura da União Europeia, em Bruxelas, admitiu estar "preocupado" com a propagação da doença na Europa, mas voltou a aconselhar "calma", com base nos pareceres científicos, que afirmam não existir ainda um problema sanitário. O ministro revelou que, em Janeiro e Fevereiro deste ano, o laboratório nacional já realizou 1101 análises a aves selvagens e de capoeira, todas com resultado negativo.
Jaime Silva referiu-se ainda à diminuição do consumo, na última semana, na ordem dos dez por cento, embora os produtores falem de uma redução de 30 por cento. "Verificou-se um aumento dos preços, o que nos deu alguma tranquilidade. O consumo está a reagir bem e os pareceres dizem mesmo para se cozinhar acima dos 70 graus, o que garante não existir qualquer problema com o consumo da carne de aves", afirmou.
O ministro não pretende pedir ajudas financeiras à União Europeia para compensar a descida do consumo - que, aliás, não estão previstas nas regras comunitárias -, mas lembrará Bruxelas da existência de subsídios à exportação e à retirada do mercado dos produtos, que podem ser aplicados neste caso.
Segundo Público.pt
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