Minas Gerais: cultura e turismo

Minas Gerais: cultura e turismo 

Por José Fernando Aparecido de Oliveira*

 

Minas Gerais é reconhecido nacionalmente como o Estado da Arte, da Cultura e da História. Aqui temos mais de 50% de todo o patrimônio artístico e arquitetônico tombados no Brasil e quatro patrimônios culturais da Humanidade tombados pela UNESCO, sendo eles o Conjunto Arquitetônico da Lagoa da Pampulha, os centros históricos de Diamantina e Ouro Preto, o Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas, além de o único Patrimônio Agrícola Mundial no Brasil, também tombado pela UNESCO, que são os Povos Tradicionais da Serra do Espinhaço, em Diamantina.

É importante lembrar que o último patrimônio cultural brasileiro tombado pela UNESCO foi o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, referência mundial na arquitetura modernista de Oscar Niemeyer. Vale destacar que o tombamento da Pampulha teve como idealizador e seu principal coordenador o arquiteto e então Presidente da Fundação Municipal de Cultura de BH Leônidas Oliveira, no ano de 2016.

Minas Gerais, com o seu extraordinário potencial turístico, fundamentado em sua história, tem agora na Secretaria de Estado de Cultura e Turismo um nome quem vem ao encontro da união desses dois patrimônios: a cultura e o turismo; em sua dimensão completa. É necessário que a Secretaria de Estado integre, de forma permanente, os patrimônios cultural, artístico, natural, gastronômico, paisagístico, religioso e histórico existentes no Estado. É preciso uni-los em destinos turísticos juntamente com o ecoturismo, com os muitos festivais espalhados por todo o Estado, como os festivais de inverno, literários e culturais.

Nesse momento é fundamental pensar em uma política que dê visibilidade a todo esse potencial que está guardado por nossas montanhas, pois é consenso mundial que o período pós pandemia será de valorização do turismo interno, dos povos reconhecendo suas muitas belezas e riquezas. Minas tem papel fundamental nessa retomada do turismo nacional, com seus múltiplos destinos, e se faz necessário implementar um calendário conjunto para todo o Estado, integrado com o Ministério do Turismo e a Embratur, tendo ampla divulgação nacional e internacional.

A cultura e o turismo estão irmanados em Minas Gerais de forma natural, está presente nas cidades históricas e em toda Estrada Real, e se redimensiona em seus circuitos turísticos. É bom lembrar que soma-se a tudo isso o fato que estamos comemorando neste ano os 300 anos da criação do Estado das Minas Gerais.

É com sensibilidade, criatividade, dedicação e conhecimento técnico que teremos uma Secretaria de Estado de Cultura e Turismo atuando e ampliando suas ações, valorizando e reconhecendo o patrimônio tombado e incentivando a preservação permanente dos sítios históricos, como está em curso o projeto de cabeamento subterrâneo dos centros preservados das cidades históricas, idealizado pelo IEPHA e a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais. Se Minas são várias, na cultura e no turismo ela se faz única.

 

*José Fernando Aparecido de Oliveira é prefeito de Conceição do Mato Dentro

 

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