A retomada dos aspectos mais selvagens do capitalismo no mundo inteiro nos dias atuais, com o abandono da possibilidade de sua transição pacífica para um socialismo democrático, nos traz de volta os ensinamos de Lenin sobre qual deve ser o papel dos que se opõem a esse sistema.
Em boa hora, portanto, Editora Boitempo lança uma coleção denominada Arsenal de Lenin, com as principais obras desse pensador, humanista e revolucionário. O primeiro volume, já disponível nas livrarias é o Estado e a Revolução.
Uma das questões que Lenin discute é a questão da democracia.
Quando, hoje no Brasil, se defende a radicalização da democracia, como faz o Tarso Genro, é claro que está se pensando numa forma de resistência ao golpismo atual.
Mesmo assim é sempre interessante lembrar o que dizia Lenin sobre a democracia, citando Marx e Engels. Para ele, democracia é uma forma de organização do Estado, que estabelece como devem ser a relações entre as classes.
A supressão do Estado, fim último do comunismo, suprimirá não só o Estado, como as classes sociais diferenciadas.
Nesse caso, desaparecerá também o conceito de democracia (governo da maioria) como forma de relacionamento entre as classes, porque todos serão iguais.
Marino Boeira é jornalista, formada em História pela UFRGS
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