O guerrilheiro André París do Palácio de Convenções em Havana
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (Farc-EP) negaram nesta quarta-feira (22) apoio à reeleição do presidente colombiano Juan Manuel Santos e afirmaram que estão dispostos ao entendimento com qualquer presidente que tenha a disposição de levar adiante o processo de paz.
Delegação de Paz das Farc
"Esta semana, alguns meios de comunicação, não por má fé, talvez por má interpretação ou falta de comunicação, disseram que apoiaríamos a candidatura de Juan Manuel Santos. Mas não; o que dissemos é que o presidente está em seu direito de apresentar sua candidatura", informou o guerrilheiro Andrés París.
Por meio de um comunicado lido do Palácio de Convenções de Havana - sede permanente dos diálogos de paz entre as Farc e o governo, a guerrilha reiterou a necessidade de continuar o processo de paz e mencionou que com as eleições, que ocorrerão em 2014, surjam iniciativas e programas de mudança para que o país comece a "andar pelo caminho da justiça e da verdadeira democracia".
Na ocasião, as Farc também informaram que as 100 propostas divulgadas para o desenvolvimento rural se somarão com as novas propostas para a participação política, segundo ponto da agenda dos diálogos.
Inimigos da paz
Na última terça-feira (21), durante a participação em um fórum econômico realizado em Bogotá, Juan Manuel Santos denunciou setores que insistem em "satanizar" os diálogos e paz e os qualificou de "inimigos da paz e do povo colombiano". As criticas são dirigidas para os principais oponentes dos Diálogos de Paz, seu antecessor o ex-presidente Álvaro Uribe e o atual procurador Alejandro Ordóñez, que anunciou recentemente que renunciaria o cargo "antes de transigir uma paz onde sacrifique as vítimas pela impunidade".
Da Redação do Vermelho, com agências
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