Fernando Lugo, o presidente do Paraguai disse que não abre mão de renegociar o tratado de Itaipu, assinado em 1973.
Pelo acordo, a energia gerada pela hidrelétrica deve ser dividada em partes iguais entre os dois países.
Mas o Paraguai utiliza apenas 5% dessa energia, suficiente para suprir 95% das suas necessidades. O excedente é obrigatoriamente vendido a preço de custo ao Brasil, o que rende US$ 400 milhões por ano ao Paraguai. Lugo acha o valor baixo, e diz que vai formar um grupo de técnicos para discutir o tratado, a administração de Itaipu e o que seria um preço justo na ótica paraguaia.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vai renegociar o contrato de fornecimento de energia da usina hidrelétrica de Itaipu com o Paraguai. "Nós temos um tratado, e o tratado vai se manter, declarou Lula, durante entrevista coletiva a jornalistas em Gana.
Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, contradisse o presidente e afirmou em Acra, capital de Gana, que um eventual reajuste não está descartado.
De acordo com o ministro, isso já foi feito no passado, por defasagem de preços, e poderá se repetir. Vamos continuar discutindo com o Paraguai normalmente como ele pode obter uma remuneração adequada para sua energia. Isso é justo, disse Amorim.
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