O insustentável peso do Brexit
A (mais do que provável) rejeição do acordo na Câmara dos Comuns poderá provocar a queda do Governo e conduzir a eleições antecipadas, poderá conduzir a uma extensão do artigo 50.º ou à convocação de um segundo referendo ao “Brexit”.
O acordo de saída do Reino Unido da União Europeia será votado no próximo dia 15 de janeiro, no Parlamento britânico.
A (mais do que provável) rejeição do acordo na Câmara dos Comuns poderá provocar a queda do Governo e conduzir a eleições antecipadas, poderá conduzir a uma extensão do artigo 50.º ou à convocação de um segundo referendo ao “Brexit”.
A incerteza causada por qualquer um destes três cenários e a possibilidade de uma (caótica) saída sem acordo às 23 horas de sexta-feira, 29 de março de 2019, estão já a provocar um abrandamento na economia britânica, uma quebra na confiança dos consumidores e a causar fundados receios aos três milhões de cidadãos dos 27 Estados-membros a viver no Reino Unido e ao milhão e meio de britânicos que residem na União. Está, mais uma vez, à vista de todos a falácia dos argumentos dos defensores do "esplêndido isolamento" britânico...
Se é verdade que a saída do Reino Unido nos mostrou a reversibilidade do projecto integrador da União Europeia e a debilitará em termos económicos, militares e geopolíticos, ela pode constituir também uma oportunidade para fortalecer a integração política do Bloco, sem excepções e sem ressalvas ao princípio fundador que prevê “uma União cada vez mais estreita”.
Perante este desafio, e face à pressão das forças populistas e nacionalistas, as eleições europeias do próximo mês de maio serão decisivas para a definição do projeto comunitário e, mais do que nunca, exigem o comparecimento de todos nós, eleitores, às urnas!
Jose Inacio Faria
Eurodeputado
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www.joseinaciofaria.com
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