Os grandes discriminados na sociedade brasileira não são os gays, os negros ou as mulheres, são os ateus.
Vejamos o que acontece com os homossexuais, por exemplo, incluindo todo os componentes da sigla LGBT, lésbicas, gays, bissexuais e travestis
Meu amigo, o psiquiatra Telmo Kiguel, diz que eles são 8% da população mundial nas estatísticas, mas incluindo os que ainda habitam os armários, podem chegar a 10%. Segundo o Dr, Telmo trata-se de um desvio genético. O sujeito nasce gay (ou pelo menos com tendência a ser gay) como outro nasce com um desvio (desvio fica por minha conta) que vai fazer que ele escreva com a mão esquerda, ao contrário da maioria que é destro.
Já o meu outro amigo, Franklin Cunha, ginecologista e escritor, dia que o problema é cultural. Ninguém nasce gay. Ele se torna gay e se durante muito tempo essa opção foi demonizada pela civilização judaico-cristã, por razões econômicas e sociais, na civilização grega e romana, ela era aceita como normal. Segundo o Dr. Franklin, dos 10 Césares, 7 eram gays e 3 bissexuais.
Embora o racismo contra os negros possa ainda ser cultivado em alguma mente mais tacanha, ele é que cada vez mais um sentimento execrado pela maioria da população.
Quanto às mulheres, esse é um preconceito que ficou no passado. Machista de carteirinha, hoje é peça de museu.
Sobram então, os ateus, como os grandes discriminados atualmente.
Uma pesquisa citada essa semana no site UOL, diz que apenas 1% dos consultados votariam num candidato a Presidente da República que se declarasse ateu. Isso explica porque o Fernando Henrique Cardoso (que uma vez se declarara ateu) fugia como o diabo da cruz, quando lhe faziam a pergunta se acreditava em Deus, nos debates eleitorais.
Segundo essa pesquisa, 84% dos entrevistados votariam num negro para a Presidência, 57%, numa mulher e 32% num gay.
Isso mostra que realmente os grandes discriminados são os ateus.
Segundo outra pesquisa, essa feita há poucas semanas pela Datafolha, os que se declaram católicos no Brasil correspondem a 56% da população. Os evangélicos pentecostais (essas igrejas dos tele pastores) correspondem a 27%: os evangélicos tradicionais a 7%; os kardecistas e os umbandistas têm 2% cada um, nas preferências dos crentes.
Apenas 1% dos entrevistados se declara ateu.
Eu não fui ouvido na pesquisa, mas se fosse, declararia com orgulho que sou ateu e considero que o Deus que a maioria das pessoas cultua, foi criado à nossa imagem e semelhança para responder a perguntas para as quais a ciência ainda não encontrou respostas, mas que certamente as terá um dia.
O mito bíblico da criação da humanidade foi arquivado pela teoria da evolução das espécies. As respostas que não temos hoje, nossos filhos e netos terão amanhã.
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