Dossier de Gdeim Izik para consulta
A dois dias do julgamento do gruo de Gdeim Izik, PUSL coloca à disposição na sua área de documentos os relatórios, informações e artigos sobre o processo e os seus antecedentes.
Dossier de Gdeim Izik:
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Em fevereiro de 2013, este grupo foi julgado em tribunal militar, neste julgamento inicial 25 activistas foram acusados e julgados, 24 dos quais já estavam detidos há três anos sem julgamento e um com pedido de exílio em Espanha, que foi condenado à revelia.
As sentenças vão de 20 anos a cadeia perpetua, sendo que nunca nenhum crime foi provado pela acusação nem foram aceites as provas de inocência, as únicas provas presentes foram confissões obtidas sob tortura extrema que os acusados não puderam ler. Dois presos foram libertados com mais de dois anos de prisão efetiva e um está em liberdade condicional devido ao estado de saúde debilitado em que se encontra.
Após três anos de protestos, relatórios e ações de solidariedade, em que a comunidade internacional condenou este julgamento ilegal, Marrocos decide fazer um novo julgamento desta vez civil. Os 21 presos serão acusados e julgados de novo com as mesmas acusações, e não sendo isto ilegalidade suficiente para Marrocos (não se pode ser condenado duas vezes pelo mesmo crime) ainda irão julgar novamente os dois ex-presos que foram libertado com pena cumprida em 2013, assim como o activista que se encontra em liberdade condicional.
Hassanna Aalia a quem foi concedido o asilo político em Espanha, devido ao facto de ser acusado de crimes que não cometeu e correr perigo de vida não foi incluído no processo, provavelmente porque Marrocos não está interessado em ouvir os advogados de defesa apresentarem a justificação da sua ausência a as razões pelas quais Espanha concedeu o asilo político. Esta facto é sem dúvida um dos maiores problemas para Marrocos uma vez que desmascara a farsa destes procedimentos que são perseguição política de activistas de direitos humanos.
Naama Asfari, preso político com sentença de 30 anos, é outro problema para Marrocos uma vez que através da associação francesa ACAT foi apresentada uma denúncia/queixa a Comissão de Tortura das Nações Unidas que em Dezembro 2016 condenou Marrocos pela prática de tortura, detenção arbitrária e processo jurídico nulo, provando que tanto Naama Asfari como os restantes presos de Gdeim Izik são vitimas perseguição política.
Devido à complexidade do processo e de muito informação que surge com dados contraditórios e imprecisos decidimos colocar online este dossier para consulta.
Fonte
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