13 prisioneiros políticos saharauis e activistas de direitos humanos, do grupo conhecido por Gdeim Izik, entraram em greve de fome no passado dia 1 de Março, perfazendo hoje 17 dias sem ingerir qualquer alimento.
Recordamos que o grupo de Gdeim Izik foi detido em 2010 após o brutal desmantelamento do acampamento de protesto pacifico que reuniu dezenas de milhares de saharauis no arredores de El Aaiun, capital dos territórios do Sahara Ocidental, ocupados desde 1975 por Marrocos.
Até ao momento nenhum membro da administração da prisão ou outro representante das autoridades marroquinas os contactou.
Segundo comunicado do comité de apoio aos presos políticos, o quadro clinico dos 13 saharauis está a deteriorar-se rapidamente.
Os presos não foram vistos por nenhum médico, a tensão arterial, batimento cardíaco e peso foram registados por um enfermeiro da prisão de Salé, nos arredores de Rabat.
Todos os presos sofrem de perdas de peso, alterações significativas de pressão arterial, ansiedade e dores intensas em vários órgãos.
Cheikh Banga, de 27 anos, e com uma sentença de 30 anos, tem perdas de sangue na urina.
Ahmed Sbaai, condenado a perpetua, tem problemas cardíacos graves.
O comité denuncia ainda que o enfermeiro da prisão tentou dar uma injeção a Sidi Abdallah Abhah, que ele recusou.
Os activistas exigem o cumprimento da lei e consequente libertação imediata uma vez que o julgamento do grupo foi ilegal, tratando-se de civis julgados em tribunal militar, sem apresentação de provas que corroborem as acusações, excepto as confissões falsas obtidas sob tortura, como foi denunciado pelos vários observadores internacionais presentes no julgamento.
Isabel Lourenço
Quinta, 17 de Março de 2016 by porunsaharalibre
17 de março de 2016 - porunsaharalibre.org
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