Os registros da Comissão Eleitoral Federal (FEC) desde 1997 mostram que ele somente fez doações para duas campanhas anteriormente - O intelectual radical Noam Chomsky somente fez doação para dois candidatos federais nos últimos 18 anos.
Zach Carter, Huff Post
Chomsky deu um total de $750 pra campanha presidencial de Ralph Nader em 2000. Porém, um mês antes de passar esses cheques, Chomsky já tinha doado $200 para um candidato de Vermont à Câmara dos Deputados. Um candidato chamado Bernie Sanders.
Na época, Sanders estava concorrendo para seu quinto mandato como único representante de Vermont na Câmara. Quando Sanders concorreu para o Senado em 2006, Chomsky concedeu $1000 em apoio, e concedeu outros $200 quando Sanders buscou a reeleição em 2012.
Até agora, Chomsky não havia doado a qualquer outro candidato, de acordo com registros on-line do FEC, que remontam a 1997. É possível que Chomsky tenha doado a campanhas que antecedem os registros federais. Chomsky não respondeu sobre o assunto.
Chomsky mantém-se como um forte crítico da classe capitalista e do seu poder de subverter os ideais democráticos. Ele chamou a decisão da Suprema Corte sobre o caso Cidadãos Unidos contra a FEC, em 2010, de "golpe corporativo sobre a democracia", em um artigo para o In These Times. Ao mesmo tempo, Chomsky mantém seu pragmatismo. Ele atacou Obama e seu programa de drones, cuja sequência de assassinatos internacionais representa um ultraje moral, e foi capaz de seduzir os eleitores de alguns estados decisivos em sua reeleição de 2012, com o fundamento de que uma presidência de Mitt Romney seria muito pior.
Chomsky segue como um admirador do Sanders até hoje, mas teme que a campanha não se torne uma movimento popular a longo prazo.
"Veja o caso da campanha do Bernie Sanders, por exemplo, que eu julgo ser muito importante, impressionante na verdade", disse Chomsky a TeleSUR em outubro. "Ele está fazendo coisas boas e corajosas. Ele está organizando um grande número de pessoas. Essa campanha deveria ser direcionado para sustentar um movimento popular que utilize a eleição como uma espécie de incentivo e, em seguida, siga em frente. Infelizmente, acho que não é isso que tende a ocorrer. Esse movimento vai morrer com o fim das eleições. E isso seria um erro grave".
"A única coisa que pode nos trazer qualquer alteração significativa são movimentos populares contínuos e dedicados, que não prestam atenção nos ciclos eleitorais", disse ele. "É apenas uma extravagância de quatro em quatro anos. Você tem que participar, claro. Nós vamos participar; mas, em seguida, precisamos seguir em frente. Se isso for feito, grande mudanças podem ser alcançadas".
tradução por Allan Brum
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