O ministro da Defesa da Venezuela, Jorge García Carneiro afirmou neste domingo que a CIA (Agência Central de Inteligência dois Estados Unidos) ''desempenhou um papel importante'' no golpe de Estado de abril de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.O povo venezuelano festeja nesta segunda-feira (13) o Dia da Dignidade Nacional, assinalando a derrota dos golpistas, com uma concentração em frente ao Palácio de Miraflores.
Testemunho e protagonista da jornada cívico-militar contra o golpe (ele estava no Alto Comando das forças armadas), o ministro recordou que a CIA realizou estudos de personalidade entre os militares venezuelanos e assim detectou um grupo de oficiais para levar avante o plano desestabilizador.
Conforme Carneiro, durante esse estudo a CIA detectou debilidades e pontos fortes em comandantes, usando-o para traçar a estratégia do 11 de abril. Nesta data, 33 venezuelanos perderam a vida em uma provocação para justificar o golpe.
O general da reserva fez as declarações ao programa de TV José Vicente Hoy. Disse que os comandantes aliciados pela agência estadunidense exerceram nfluência sobre seus subordinados. Assinalou ainda que a missão militar americana na época sediada no Forte Ticuna ''teve influência e ingerência'' no planejamento do golpe, especialmente sobre o comandante-geral do Exército.
Outro protagonista da resistência ao golpe, o ex-ministro da Defesa Orlando Maniglia, rrelatou que essa influência contribuiu para que não fosse acatada a ordem de Chávez, de que se retirasse a missão militar dos EUA de Ticuna, pois se aguardava a execução do plano que estava se gestando em segredo.
Texto: Prensa Latina
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