O item central das propostas é o pedido para que sejam reformados os organismos financeiros multilaterais, como Banco Mundial (Bird), Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de outros bancos regionais. Os lideres latino-americanos e caribenhos vão recomendar também que seja evitado o ressurgimento do protecionismo e defenderão uma nova regulação dos mercados para coibir os abusos que levaram à atual crise financeira. Antes de serem entregues, porém, as propostas ainda serão revisadas em 16 de março, no Chile.
Além da Calc, foram realizadas em Sauípe a XXXVI Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e reuniões do Grupo do Rio e da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
O Brasil também entrará com maior parte dos recursos do fundo para a agricultura familiar do Mercosul, voltado ao financiamento de projetos de cooperação entre governos hoje bancados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), em fase de extinção. O Fundo contará com uma cota fixa de US$ 15 mil por País, mais um montante de US$ 300 mil dividido em cotas.
Fim do embargo a Cuba Os chefes de Estado presentes aprovaram um conjunto de declarações especiais que demandam, entre outras providências, o fim imediato do embargo econômico imposto dos EUA sobre Cuba, inclusive da aplicação da chamada Lei Helms-Burton, de forma a cumprir o disposto em 17 resoluções sucessivas aprovadas na Assembléia Geral da ONU.
Novo organismo regional Aprovada, também, a proposta de criação de um novo mecanismo de articulação regional, nos moldes da OEA, mas sem a participação dos EUA e o Canadá. Esse novo organismo multilateral, já chamado de União Latino-Americana e do Caribe, deve ser lançado em fevereiro de 2010. A idéia foi apresentada pelo chefe de Estado do México, Felipe Calderón, que ocupa a presidência temporária do Grupo do Rio.
Conselho de Defesa Sul-Americano No âmbito da Unasul, os presidentes aprovaram a criação de um conselho regional de defesa, que entre outros objetivos deverá reforçar a confiança entre as Forças Armadas do subcontinente. O novo órgão será o Conselho de Defesa Sul-Americano, formado pelos ministros dos 14 países integrados à União. O Conselho se reunirá pela primeira vez no início de janeiro, no Chile.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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