Na Cúpula UE-Rússia que teve o início hoje (14) no Nice , França, as Partes chegaram a acordo para por em marcha um novo plano das relações bilaterais após o conflito da Ossétia do Sul e os problemas provocados por escudo antimísseis que Washington quer instalar na Polônia e na República Checa.
Moscou aceitou a proposta de Bruxelas de convocar uma Cúpula nos meados do ano que vem para tentar elaborar o novo sistema de segurança. A tenção entre Rússia , UE e Estados Unidos foi causada por decisão de Washington de instalar perto das fronteiras russas o sistema de defesa antimísseis (DAM), que incorpora 10 mísseis interceptores, localizados na Polônia, e um radar de alerta na República Checa. A resposta russa prevê a instalação em enclave russo , província de Kaliningrado, os sistemas móveis lança-mísseis Iskander.
O presidente francês Nikolas Sarkozy e presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, se encontraram hoje (14) com o presidente russo Dmitri Medvedev. Sarkozy propôs ao colega russo realizar nos meados de2009 uma Cúpula da OSCE para tratar , em conjunto com EUA, um novo marco de segurança para a Europa e Rússia. Medvedev mostrou sua disposição de efetuar qualquer passo até a reconciliação diplomática que elabore um novo sistema de segurança para todas as partes.
Os contatos diretos são muito úteis. Voltamos à idéia de buscar soluções como um tratado de segurança global, disse Medvedev, segundo Ria-Novisti. E acrescentou : «Todos devemos se abster de adotar as medidas unilaterais.
A guerra entre a Geórgia e a Rússia por a república ex-soviética a Ossétia do Sul não foi discutida em larga escala . Sarkozy comunicou a Medvedev sua desaprovação da resposta militar russa e a qualificou como desproporcionada. Ao mesmo tempo reconheceu os esforços de Moscou por cumprir os compromissos acordados após a crise. Medvedev admitiu a integridade territorial da Geórgia, mas tendo em conta a admissão da independência da Abkházia e Ossétia do Sul. Pois, ambas Partes, em relação ao conflito no Cáucaso, continuam nas suas posições.
As Partes recomeçaram as negociações para um acordo estratégico , que substituirá o firmado em 1977 . A maior preocupação da UE é o setor energético, pois a União segue dependendo energicamente da Rússia ( 40% do gás e 25 do petróleo).
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