O vôo JK 5022 da Spanair (Madrid-Las Palmas) anunciou a partida às 13.05 da tarde de ontem (20) do aeroporto de Barajas . Uma menina telefonou à seu avô a Canárias, dizendo que o avião se atrasa por causa de algum problema.
Às 14.20 horas o bordo MD-82 com 175 passageiros , entre eles dois bebês e nove tripulantes começou a decolagem. Conseguiu levantar-se uns metros do solo antes de cair com o motor esquerdo incendiado.
Todo aponta que no interior do aparato, o piloto ou algum técnico detectou algum problema para despegar, o que explicaria o atraso da partida por problemas técnicos. A colisão provocou o incêndio ( os depósitos estavam cheios de combustível) e destruição do corpo do avião. Segundo informações da imprensa espanhola somente 19 pessoas sobreviveram o acidente, mas a maioria está em estado muito grave.
Na Espanha é a maior catástrofe desde 1985, quando um Boeing de Iberia chocou contra uma antena da televisão instalada na monte Oiz, cerca de Bilbão. Naquela ocasião faleceram 148 pessoas.
O avião de tipo MD-82, é um modelo que companhias como Iberia começaram a retirar da sua frota há alguns anos. A Spanair enfrenta problemas financeiros, tendo anunciado recentemente que estava demitindo 1.062 funcionários e cortando rotas depois de perder 81 milhões de dólares na primeira metade do ano. Horas antes da queda, os pilotos da empresa aérea ameaçavam fazer uma greve. A SAS tenta vender a Spanair desde o ano passado.
O primeiro-ministro espanhol José Luis Rodriguez Zapatero interrompeu suas férias para ir até o local do acidente, onde prometeu uma investigação detalhada sobre as causas. ´O governo está muito entristecido, assim como todos os espanhóis´, disse.
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