Crise alimentar: Quais as soluções?

Louise Arbour, Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, declarou ontem na sessão especial do Conselho de Direitos Humanos que a maneira de atacar a crise alimentar a longo prazo é garantir uma aproximação entre as pessoas, abordando as causas de desigualdade. No curto e médio prazo, ela sublinhou a necessidade de responder com apoio humanitário.

Uma abordagem baseada em direitos humanos terá em conta as vozes de grupos de marginalizados, contribuindo para esclarecer quais são as desigualdades que fomentam crises numa sociedade. Assim poder-se-ia acalmar possíveis tensões e prevenir a inquietação civil, disse a Alta Comissária.

Para Louise Arbour, a crise actual foi desencadeada pela confluência de vários fatores, incluindo desigualdades nos estoques e procura/demanda, práticas injustas de comércio e incentivos e subsídios desadequados.

"Porém, no cerne desta questão, e os seus efeitos punitivos, estão centrados na falta de acesso a uma fonte adequada de alimentação,” lembrou, sugerindo que seja lançado um estudo sobre o impacto da crise em comunidades de pessoas marginalizadas e também, sobre as causas de discriminação – exclusão de acesso a terras, recursos de produção e trabalho – causas que “devem ser eliminadas”.

Caso contrário, Louise Arbour fala do perigo de um “efeito dominó,” que poderá ter consequências não só no acesso a alimentação mas também, ao direito de acesso a serviços de saúde e educação.

Realçou o papel chave dos Estados, que pelas leis de direitos humanos devem resolver tais situações. "As Obrigações dos estados relativamente o direito a alimentos e liberdade de fome também implicam a adoção de estratégias nacionais para garantir alimentos e segurança de nutrição para todos".

A crise atual "transcende limites nacionais," disse a Alta Comissária, sugerindo uma maior cooperação entre Estados para endereçar o problema.

Fonte: ONU

Olga SELYANINA

PRAVDA.Ru

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey