Partiram nesta quarta-feira, 27, dois helicópteros enviados pelo governo da Venezuela para a libertação de quatro ex-congressistas sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), para um ponto do departamento colombiano de Guaviare, onde a guerrilha prometeu libertar os reféns, segundo o Estadão.
As aeronaves com emblemas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) decolaram por volta das 12h30 de Brasília do aeroporto de San José del Guaviare, capital da região situada 400 quilômetros ao sul de Bogotá. Os helicópteros levam o ministro do Interior venezuelano, Ramón Rodríguez Chacín, a senadora colombiana Piedad Córdoba e a equipe humanitária e médica do CICV. A missão receberá os ex-parlamentares colombianos Gloria Polanco de Lozada, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eladio Pérez e Jorge Eduardo Gechen Turbay.
A missão partiu da Venezuela às 9h30 (horário de Brasília) da base aérea de Santo Domingo, no Estado de Táchira, 500 quilômetros a sudoeste de Caracas e chegaram na Colômbia por 11h30. Está previsto que a equipe de resgate permaneça no local da entrega dos reféns por pelo menos duas horas, para garantir a retirada dos guerrilheiros.
As Forças Armadas da Colômbia suspenderam durante 12 horas desta quarta as operações militares em uma zona de selva do sudeste do país, para facilitar a ação humanitária. A região da operação é uma ampla zona de floresta com enormes cultivos do arbusto da coca - matéria-prima da cocaína - e alta presença das Farc, razão pela qual é cenário de intensas ações das Forças Armadas e da polícia contra a guerrilha e o narcotráfico.
Abastecidos de combustível suficiente, os helicópteros deverão levar menos de 20 minutos até o lugar onde os reféns serão entregues a uma comissão de delegados do CICV, pessoal médico e emissários do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, liderada pelo ministro do Interior venezuelano, Ramón Rodríguez Chacín.
Como demonstração de apoio ao líder venezuelano, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram libertá-los no início do mês, mas somente na segunda-feira indicou o local do resgate. Segundo o jornal colombiano El Tiempo, a demora deveu-se ao fato de que os guerrilheiros encarregados da missão não tinham recebido as provas de vida de outros seqüestrados. Nem todos nas Farc concordaram em enviar cartas e fotos dos cativos. Isso porque as provas de vida trazidas pelas ex-reféns Clara Rojas e Consuelo González, em janeiro, causaram impacto negativo para a imagem das Farc, já que mostravam alguns cativos em péssimas condições de saúde.
A operação é semelhante à de 10 de janeiro, quando as Farc entregaram na mesma zona a ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas e a ex-parlamentar Consuelo González de Perdomo.
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