Após 50 anos no poder Fidel Castro anunciou sua renúncia à Presidência de Cuba e a seu cargo de Comandante em Chefe . A decisão, comunicada por meio de um artigo publicado no jornal estatal "Granma", surge a poucos dias da reunião da Assembléia Nacional, no próximo dai 24, para escolher os 31 membros do Conselho de Estado (Poder Executivo.
"A meus queridos compatriotas, que me deram a imensa honra de me eleger recentemente como membro do Parlamento, em cujo seio devem ser adotados acordos importantes para nossa Revolução, comunico que não aspirarei e nem aceitarei - repito - não aspirarei e nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante em Chefe", escreveu Fidel.
"Trairia minha consciência ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total quando não estou em condições físicas de oferecer isso", afirmou.
O líder cubano, que encabeçou a Revolução Cubana em 1º de janeiro de 1959, está afastado do cargo desde julho de 2006, quando uma doença intestinal o obrigou a transferir seus poderes ao irmão Raúl Castro, 76.
Ao fim de sua mensagem, Fidel Casto se refere ao processo político cubano, e afirma que conta "com a autoridade e a experiência para garantir plenamente a sua substituição".
No artigo, o presidente afirmou que não retornará à Presidência do país e que seu irmão Raúl será o novo presidente.
A nova Assembléia Nacional, eleita no fim de Janeiro, tem até 45 dias para escolher o chefe do governo do país. Desde 1976, Fidel vinha sendo eleito e ratificado em todas as eleições, que se realizam a cada cinco anos.
Em mensagens que escreveu em dezembro, Fidel afirmou que não se apega ao poder, não obstrui as novas gerações e expressou se apoio a Raúl, que desatou a ansiedade da população ao anunciar "mudanças" para enfrentar os graves problemas do país e ao criticar o "excesso de proibições".
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