Há dois anos, contactámos o escritório da Senadora Hillary Clinton com um pedido para uma entrevista. Seguiu uma resposta automática e dois anos de silêncio. Apesar de numerosos contactos durante a campanha eleitoral, nem sequer uma mensagem de reconhecimento foi emitida ou recebida, ao contrário de muitas das outras formações políticas, incluindo o escritório do Vice Presidente, Cheney. Eis as perguntas às quais Hillary Clinton não respondeu:
1. Senadora Clinton, é verdade que insinuou que o Presidente Putin não tem alma?
2. Disse que queria reformar o sistema de cuidados de saúde nos EUA. Como planeia conseguir isso?
3. Por quê devem as pessoas acreditar que vai ter êxito, numa área onde todos têm falhado?
4. Gostaria de comentar na sua afirmação que ser Republicano e Cristão é difícil de conciliar?
5. É verdade que conta com o apoio do Lobby judeu? Neste caso, como vai influenciar a sua política externa? Continuará a ser gerida por Tel Aviv?
6. Qual é sua mensagem para o eleitorado norte-americano? Como propõe melhorar a vida dos trabalhadores dos EUA?
7. Quais são seus planos para o Irão? Se for eleita Presidente, vai haver outra guerra?
8. Como tenciona melhorar a imagem dos EUA na comunidade internacional?
9. Por quê apoiou a guerra contra o Iraque?
10. Quais foram as razões por ter acreditada nas mentiras que foram utilizadas contra o Saddam Hussein?
11. Por quê o site da sua candidatura não tem contacto para a imprensa, enquanto aquele do Senador Obama tem? Concordaria que isso é um comentário sobre a sua falta de profissionalismo, ou a arrogância da sua campanha?
12. Esperava ganhar uma vantagem sobre Senador Obama por anunciar a sua viagem à Flórida e o seu apoio para os delegados da Florida pouco antes do primário neste Estado?
A ausência de uma resposta, numa base sistemática, só pode confirmar uma das seguintes afirmações: Senadora Clinton não consegue responder a estas perguntas, não quer responder porque não encontra respostas credíveis, quer lá saber acerca da imprensa e opinião pública internacional (em que caso, que bela candidata para a Presidência numa altura em que os Estados Unidos deveriam estar a construir pontes) ou pior ainda, nem sequer recebeu nenhuma das nossas mensagens, que indicaria uma tremenda e chocante falta de profissionalismo. Se não consegue gerir um website, como espera gerir uma nação de 300 milhões de pessoas?
Por qualquer razão a imprensa tem acesso ao Barack Obama e não à Senadora Clinton.
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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