A ex- primeira ministra paquistanesa Benazir Bhutto morreu esta quinta-feira (27) em consequência dos ferimentos recebidos após um ataque suicida durante um comício na cidade de Rawalpindi, segundo a agência AP. Mas de acordo com agência paquistanesa EPF, ela foi morta a tiros na cabeça e só depois aconteceu a explosão.
Além de Bhutto, outras 25 pessoas teriam morrido na explosão, nos subúrbios de Islamabad. Segundo o ministro do Interior, foi uma ação suicida.
"Foi um atentado. Não sabemos ainda o número certo de vítimas. O suicida se explodiu quando as pessoas estavam se dispersando depois da manifestação de Bhutto", afirmou o porta-voz do ministro, Javad Iqbal Cheema.
O ataque mais sangrento até o momento aconteceu durante uma manifestação do partido de Bhutto em 18 de outubro, quando dois homens-bomba mataram 139 pessoas em uma gigantesca passeata de simpatizantes que celebravam, em Karachi), o retorno da ex-premier após seis anos de exílio.
Na ocasião, a líder da oposição, Bhutto, escapou ilesa porque estava dentro de um caminhão blindado à frente do cortejo. Por outro lado, pelo menos quatro pessoas morreram, também em Islamabad, em tiroteios durante um comício do ex-premier Nawaz Sharif, outro líder da oposição.
O incidente aconteceu em um subúrbio da capital, quando militantes do partido de Sharif preparavam bandeiras antes da chegada de seu líder e uma briga teve início. Na quarta-feira, o presidente paquistanês afirmou ao colega afegão, Hamid Karzai, que visitava Islamabad, que o terrorismo islâmico está "destruindo" os dois países.
A morte da líder paquistanesa acontece a duas semanas da realização de eleições no Paquistão, marcadas para 8 de janeiro. Benazir Bhutto deveria participar do pleito.
Ela era filha de Zulfikar Ali Bhutto, que foi premiê do Paquistão na década de 1970 e foi assassinado pelo ditador general Zia ul Haq.
Bhutto nasceu em Karachi (sul do país) em 21 de junho de 1953. Estudou estudou ciências políticas nas universidades de Harvard e Oxford.
Com 24 anos voltou ao Paquistão, onde viu seu pai ser derrubado e assassinado por Zia poucos meses depois.
A partir de então, passou longos períodos detida ou em prisão domiciliar, até que em 1984 partiu para o exílio em Londres, de onde retornou dois anos depois para receber uma acolhida de um milhão de pessoas em Lahore.
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