CIA manteve preso Mohamed Farag Ahmad Bashmilah em várias celas diferentes durante o seu encarceramento na rede de prisões secretas conhecidas como buracos negros.
Mas as pequenas celas são todas quase iguais, com cerca de 2 por 3 metros. Por vezes estava completamente despido, por vezes algemado durante semanas seguidas. Numa das celas, estava acorrentado pelo tornozelo a um grampo metálico preso ao chão. Havia uma pequena retrete. Noutra cela, apenas um balde. Câmaras de vídeo registavam todos os seus movimentos. As luzes estavam sempre acesas não havia dia ou noite. Um altifalante submergia-o continuamente com ruído branco, ou com música rap, 24 horas por dia.
Os guardas tinham fardas e máscaras pretas. Não pronunciavam uma palavra quando iam buscar Bashmilah para os interrogatórios uma das suas raras interacções com outros seres humanos ao londo dos 19 meses de prisão. Ninguém lhe disse onde estava, ou se iria ser libertado.
Quanto baste para qualquer pessoa endoidecer. Por fim Bashmilah tentou cortar os pulsos com um pedacinho de metal e, com o próprio sangue, gatafunhou nas paredes da cela as palavras Eu estou inocente. Mas a CIA tapou-as com tinta.
Então Bashmilah deixou de comer. Mas quando o peso desceu para 40 kg, foi arrastado para uma sala de interrogatório, onde lhe meteram à força um tubo pelo nariz, até ao estômago. Alimentaram-no com líquidos pelo tubo. A CIA não iria permitir que ele morresse.
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http://www.tribunaliraque.info/pagina/artigos/depoimentos.html?artigo=327
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