A TV colombiana divulgou na sexta-feira (30) imagens da ex-candidata a presidente Ingrid Betancourt e de três norte-americanos, todos reféns da guerrilha Farc, na primeira prova desde 2003 de que eles estão vivos. Nos breves trechos transmitidos pela TV local, Betancourt aparece sentada num ambiente de selva, segundo Reuters.
Os vídeos, que mostravam também militares sequestrados, foram gravados até outubro e acabaram sendo confiscados de três supostos rebeldes capturados em Bogotá, segundo Luis Carlos Restrepo, alto-comissário do governo para a Paz.
Betancourt foi sequestrada durante a campanha eleitoral de 2002. Os três norte-americanos participavam de ações de destruição de lavouras de coca quando foram capturados pela guerrilha. Eles fazem parte de um grupo de cerca de 50 reféns que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pretendem trocar por militantes presos.
"Numa operação do Exército colombiano contra as redes urbanas das Farc, três pessoas foram capturadas, e em seu poder foi encontrada a prova de vida de um grupo de vítimas de sequestro", disse Restrepo.
Segundo Restrepo, também foram achadas fotos e cartas dos reféns.
"Tudo o que vemos é uma única foto em que ela está sentada junto a uma pequena mesa e parece bem magra, com o cabelo longuíssimo. Ela está olhando para baixo. Tive a sensação de que sua mão estava acorrentada. É uma imagem triste da minha irmã, mas ela está viva", disse Astrid, irmã de Betancourt, à TV LCI, da França a ex-candidata também tem cidadania francesa.
Yolanda Pulecio e Astrid Betancourt, respectivamente mãe e irmã da ex-candidata presidencial colombiana, divulgaram, por meio da Federação Internacional dos Comitês Ingrid Betancourt, um pedido para que Chávez volte às negociações.
"Se é necessário, para a vida e a libertação dos reféns, que o Governo colombiano volte a pedir ao presidente Chávez que retome seus esforços de mediação, tem que fazê-lo, quaisquer que sejam os obstáculos acumulados nos últimos dias nas relações entre Colômbia e Venezuela", indicou a Federação.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter