O presidente francês, Nikolas Sarkozy , propôs ontem ampliar o grupo G-8 ( os paises mais industrializados do mundo) até 13 paises. Em seu discurso durante a abertura da XV Conferência dos Embaixadores em Paris Sarkozy manifestou seu desejo de que no G13 também participem Brasil, China, Índia, México, e África do Sul.
Tanto os acordos econômicos, como a necessidade de uma cooperação estreita entre os países industrializados e os grandes países emergentes na luta contra a mudança climática justificam esta evolução, disse. Hoje, o G8 é formado pelos sete países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e mais a Rússia. Em cara dos EUA Sarkozy achou um apoio forte à sua iniciativa. A ampliação do G-8 é uma questão de longo prazo , que tem que ser discutida , declarou o porta-voz Gordon Johndroe, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca: Os EUA compartilham o desejo do presidente da França, Nikolas Sarkozy, de incorporar ao G-8 os paises com economias em desenvolvimento, acrescentou segundo Reuters.
Sobre a Organização das Nações Unidas (ONU), Sarkozy disse que sua reforma está indo bem, mas falta vontade política para aplicá-la, especialmente a necessária ampliação do Conselho de Segurança. Sarkozy quer que o Brasil também se torne membro permanente, com Alemanha, Japão e um representante africano, de um Conselho de Segurança da ONU ampliado
Sarkozy indicou como principais desafios no mundo evitar um conflito entre o Ocidente e o Islã, integrar os países emergentes em uma ordem justa e lutar contra a mudança climática e as pandemias.
Com relação ao extremismo islâmico e a sua postura de rejeitar abertura, modernidade e diversidade, Sarkozy propôs encorajar as forças moderadas e tolerantes dos países muçulmanos e uma maior cooperação econômica, com ênfase na energia, sobretudo a "do futuro, a eletricidade nuclear". "Assim se combatem a miséria e a explosão do terrorismo", disse o presidente francês, a favor de redobrar esforços para resolver a crise palestino-israelense, que deverá ter suas soluções revisadas.
No entanto, a crise mais grave é a gerada pelo programa nuclear do Irã, país com o qual são necessários "um diálogo sem complacência" e a ameaça de sanções, pois, caso contrário, "haverá uma alternativa catastrófica: a bomba atômica iraniana ou o bombardeio do Irã". Sobre os países emergentes, Sarkozy disse que é preciso integrá-los de modo que cumpram uma série de responsabilidades.
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