Os franceses este domingo (22) vão às urnas para eleger um novo presidente . As sondagem dão um empate técnico entre o candidato conservador Nicolas Sarkozy e a socialista Ségolène Royal. Sarkozy lidera com 28,5 por cento das intenções de voto, segundo uma sondagem do jornal Le Fígaro.
Royal segue-o com 25 por cento.
Entretanto ontem, o jornal Le Monde, em nota editorial, a favor da socialista Ségolène Royal. Como escreveu o director do jornal, Jean-Marie Colombani, "na primeira volta, escolhe-se, na segunda, elimina-se.
" Isso para explicar porque era necessário, desta vez, desde a primeira volta, eliminar Nicolas Sarkozy. Num país que adora formas curtas de dizer, aterrou uma nova: TSS, escreve Diário de Notícias. Tout Sauf Sarkozy, tudo, excepto Sarkozy.
Há uma variante extrema desta tendência: o comediante negro Dieudonné, fazendo campanha pelo extremista racista Le Pen - tudo é bom, logo que seja contra Sarkozy. O culpado, segundo ele, da crise da banlieue parisiense, em finais de 2005 (quando centenas de carros foram incendiados e o então ministro do Interior era acusado pelos manifestantes de atiçar a ira).
A este neto de judeu pintam-lhe mais bigodinhos de Hitler do que a Jean-Marie Le Pen, para quem os fornos crematórios dos nazis são "simples pormenores". Mesmo no seu campo, há quem se afaste. O futebolista negro Lilian Thuram, da selecção francesa, promete vir a fazer campanha pelo UMP nas legislativas, em Paris, mas chama "racista" a Sarkozy por causa da banlieue.
Os dois outros candidatos, François Bayrou e Jean Marie Le Pen, continuam a aproximar-se dos dois principais concorrentes à cadeira presidencial no Eliseu.
François Bayrou surge com 19 por cento das intenções de voto, e o dirigente da extrema-direita Jean-Marie Le Pen, com 14 por cento, segundo a mesma sondagem. O «Le Monde» também destaca o comício de Bayrou e o seu avanço nos últimos dias.
Em fim, com certeza não se pode dizer que candidato se qualificará para a segunda volta a 6 de Maio.
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