Uma discreta figura da intelligentsia norte-americana, Andrew Marshall, um estratega octogenário ainda no activo, que é considerado no seu meio um sábio e guia supremo como Yoda do filme A Guerra das Estrelas, afirmou que As irregularidades climáticas tornam-se um perigo, uma verdadeira ameaça geopolítica, tentemos anteciparmo-nos. Tal recomendação foi feita numa época em que o Aquecimento Global ainda não era moda na Comunicação Social e nem Al Gore andava pelo mundo a anunciar a sua Verdade Inconveniente, feito profeta do Juízo Final Climático.
Noutra parte do livro, onde colhemos aquela afirmação, A face oculta do Petróleo, o autor, jornalista da Rádio France, Éric Laurent, afirma que aquele estratega, ao serviço do Pentágono, sempre considerou que os fins justificam os meios, que a manutenção do statu quo é muitas vezes o pior dos perigos e, por fim, que uma realidade inquietante, pode, se for preciso, ser exagerada, caso se pretenda chamar a atenção para ela. Lapidar!
Acrescente-se que Andrew Marshall foi o ideólogo do projecto militar da Guerra das Estrelas e está hoje por trás da nova geração de armas em que a informática desempenha um papel fundamental, área em que é especialista, sendo o mentor ideológico de homens como Donald Rumsfeld e Wolfowitz.
Os USA, entretanto, mantém no Alaska, a 200 milhas da cidade de Anchorage, sob o patrocínio do Pentágono, um complexo programa científico que pesquisa efeitos das ondas electrónicas de alta-frequência, conhecido pela sigla HAARP, segundo se lê em O Poder Secreto!, do Professor brasileiro Armindo Abreu. Este autor, citando Devon Jackson, acrescenta, entre outras possibilidades com fins militares, que esses raios são capazes de desarranjar totalmente a atmosfera da Terra modificar e controlar o clima É caso para dizer: Não acreditamos em bruxas, mas que elas existem, existem ou seja, não cremos que uma potência militar gaste milhões de dólares num projecto para nada
A actual mediatização do clima, com notícias avulsas e por vezes contraditórias sobre um eventual Aquecimento Global com origem antropogénica, sugere mais uma campanha política do que um aviso com rigor científico, ainda que saibamos que a actividade humana sempre causou impactos na Natureza. A dificuldade está em definir onde acaba a mistificação e começa a realidade Enquanto o IPCC, órgão tutelado pela ONU, que agrupa sobretudo agentes governamentais e elementos ligados aos lobby das energias alternativas, entre as quais a nuclear, apresenta um quadro climático apocalíptico, outras vozes divergem e de forma significativa.
A discussão das Alterações Climáticas centra-se no dióxido de carbono, o famoso CO2, resultante da queima de combustíveis fósseis, nomeadamente o Petróleo. Enquanto os ideólogos da tese do Aquecimento Global o elegem como o grande vilão da trama que tecem, os cientistas não alinhados com o politicamente correcto o declaram como um gás amigo e sem significado entre os gases de efeito de estufa. S. Fred Singer, por exemplo, Físico da atmosfera e Professor emérito de ciências ambientais da Universidade de Virgínia, em artigo colhido no site www.midiasemmascara.com.br, CO2 e alarmismo, afirma que o CO2, não só não está na origem do Aquecimento Global, como até é benigno. Conclui mais adiante que De facto, há boas razões para considerar a elevação dos níveis de CO2 como uma bênção Agrónomos concordam que, como alimento essencial das plantas, mais CO2 estimularia um maior crescimento das plantações e florestas. Além disso, o aquecimento do oceano aumenta, inevitavelmente, a evaporação e portanto a precipitação, aumentando o suprimento global de água potável. E mais: Tal aquecimento pode atrasar ou mesmo anular a próxima era glacial, que é esperada após o presente período inter-glacial.
Noutro artigo, A mudança do clima I, no mesmo site, assinado por Alan N. Ditchfield, afirma-se que o CO2 resultante da queima de combustíveis fósseis representa uma ínfima parte do volume total de gases com efeito de estufa presentes na atmosfera, sendo menos de 2% contra 98% de vapor de água. Conclui noutro passo que O confronto destes dois campos trouxe uma politização indesejável num assunto que deveria ter permanecido num plano técnico, pois tem distorcido o uso de recursos em pesquisa de clima a favor da hipótese politicamente correcta e em detrimento da objectividade da pesquisa. Diz-se mesmo que as esparsas medições de fenómenos de clima são torturados em computador até confessarem qualquer coisa que os patrocinadores da pesquisa quiserem.
A estratégia dos illuminatis do Aquecimento Global coincide, não por acaso, com o declínio das reservas do Petróleo. Situação tanto mais crítica quando o seu consumo aumenta, graças sobretudo ao extraordinário crescimento económico da China, o segundo consumidor mundial a seguir aos USA. Nesse sentido, torna-se extraordinariamente relevante o controle político e militar do crude, em que a propaganda desempenha papel fundamental. Não esquecer que o Petróleo não é apenas combustível. Representa cerca de 300 mil produtos! Praticamente não existe nada em que não entre, de uma forma ou de outra. Mesmo as energias renováveis dele carecem. Quem o tiver, por pouco que seja, terá o mundo a seus pés Há pois que reduzir o seu consumo, sobretudo ao nível do varejo, é a conclusão imediata.
A estratégia das alterações climáticas com origem antropogénica justifica a necessidade das chamadas entropias positivas, que normalmente atingem os mais fracos e menos preparados, como o conceito de desenvolvimento sustentado, que ninguém sabe exactamente o que é, visando desincentivar o crescimento económico dos países de Economia Emergente. O actual mercado do carbono visa tal objectivo. Se me pagam para não produzir, para quê preocupar-me com o trabalho
Por trás da fobia do aquecimento global, esconde-se o lobby das energias alternativas, nomeadamente a nuclear. Depois de Chernobyl, a opção nuclear tornou-se impopular, pelo que nada melhor para convencer o público, que apresentar um mal maior, as alterações climáticas, para justificar um mal menor, o nuclear. Face ao declínio do Petróleo, que é real, e ao risco de uma hecatombe climática, que não passa de uma mistificação, o cidadão comum acabará por aceitar a proposta do nuclear como bem vinda. Talvez por isso observamos tanta pressão internacional para que tal recurso seja um exclusivo de apenas alguns, a pretexto do perigo do seu mau uso Será apenas isso, ou também um problema de concorrência?
Artur Rosa Teixeira
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