Na noite de ontem , em Pequim, após de uma maratona de 16 horas de trabalho, foi fechado um acordo para o desmantelamento do programa nuclear militar da Coréia do Norte.
A Coréia do Norte concordou em interromper o enriquecimento de plutônio em troca de ajuda energética e garantias de segurança, informaram nesta segunda-feira oficiais americanos e chineses que participam, em Pequim, da sexta rodada de negociações acerca do programa nuclear de Pyongyang.
O documento, no entanto, ainda precisa ser aprovado pelos paises envolvidos nas negocoações -Coreia do Norte, Coreia do Sul, China, EUA, Japão e Rússia.
O problema principal para a cedência de Pyongyang - compensações energéticas para desmantelar o seu programa nuclear - parece ter sido desbloqueado, com a Coreia do Norte a conseguir ganhos assinaláveis, ao obter dois milhões de toneladas de combustível, segundo a imprensa nipónica - o que representa quatro vezes mais do que o que estava previsto por um acordo de 1994 - e ainda dois milhões de Kilowatts de electricidade a um custo de 8,55 mil milhões de dólares, nos próximos dez anos.
De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, os norte-coreanos têm que "desactivar" a sua principal instalação nuclear, o reactor de Yongbyon, a 90 quilómetros a norte da capital, e que produz plutónio susceptível de ser utilizado para fins militares.
Com este acordo, os negociadores esperam terminar com a crise gerada pela decisão de Pyongyang, tomada no final de 2002, de retomar o seu programa nuclear violando um acordo firmado com os EUA em 1994, como retaliação pela imposição de sanções pelo actual presidente norte-americano, Geroge W. Bush, que levou, designadamente, ao congelamento dos capitais no estrangeiro.
O temor suscitado pelo programa nuclear norte-coreano atingiu um pico após a realização, pelo regime comunista de Kim Jong-Il, do seu primeiro ensaio nuclear em Outubro do ano passado, levando a comunidade internacional a aplicar sanções à Coreia do Norte, que incluem o congelamento de activos financeiros e outras medidas económicas que incluem a exportação de produtos de luxo.
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