As tropas armadas do Fatah e Hamas na madrugada desta segunda-feira recomeçaram os confrontos nas ruas da cidade de Gaza , Palestina. Segundo fontes policiais, os tiroteios foram retomados nesta manhã nas imediações da residência do presidente da Autoridade nacional Palestina (ANP) e líder do Fatah, Mahmoud Abbas.
Na véspera foi confirmada a decisão de um cessar-fogo, mas porta-vozes do Hamas dizem que ainda faltam entendimentos sobre vários aspectos a serem resolvidos antes que sejam efetivamente suspensas as lutas entre os dois grupos palestinos.
Apesar de tentar obter esclarecimentos, não foi possível ser informado do que ainda depende o cessar-fogo. As tropas do Fatah e do Hamas continuam nas ruas de Gaza onde existe maioria política do grupo Hamas.
O estranho é que nada foi dito da decisão de Abu Mazen, presidente do Fatah, em total discordância com o Hamas a respeito da sua convocação de novas eleições gerais. Abu Mazen explica que só então será possível colher a vontade do povo.
Ele é quem deve dizer se quer um governo secular ou um governo teocrático. A segunda opção abrirá um novo grave problema, pois existem várias seitas islâmicas incompatíveis. A questão passará a ser de como fazer um governo obedecendo todas as regras.
A escalada da violência entre palestinos na última semana alcançou neste domingo o seu ponto máximo, com três mortos, entre eles um estudante, e um grande número de feridos em diferentes locais da Faixa de Gaza, dividida entre os partidários do presidente Abbas, do Fatah, e os do primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas.
Um dos mortos, Adnan Rahmi, pertencia aos efetivos da Segurança Nacional e era dirigente do Fatah, e foi seqüestrado e executado por militantes do Hamas, segundo os nacionalistas.
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