Que as brisas dos rios Putumayo e San Miguel sejam as portadoras da saudação bolivariana de irmandade e boa vizinhança enviada desde as trincheiras farianas que temos para lutar pela Nova Colômbia, que queremos soberana, reconciliada, reconstruída, em Paz e com Justiça Social.
Quito - Equador
Que as brisas dos rios Putumayo e San Miguel sejam as portadoras da saudação bolivariana de irmandade e boa vizinhança enviada desde as trincheiras farianas que temos para lutar pela Nova Colômbia, que queremos soberana, reconciliada, reconstruída, em Paz e com Justiça Social.
Observamos com grande expectativa como o povo equatoriano fez entrar em erupção o vulcão Pichincha, testemunha excepcional da Batalha que deu a Primeira Independência a seu País. Este povo irmão converteu a todo Equador em ladeiras dessa majestosa altura andina e aí travou uma contundente jornada eleitoral no domingo 26 de novembro. Reviveu sua herança histórica cujas raízes encontramos no Libertador Simón Bolívar, Antonio José de Sucre, Manuelita Sáenz, Mariana Carcelén e do General Eloy Alfaro, entre outros.
Trata-se de uma vitória lavrada em árdua luta que, através dos últimos anos, o levou a amadurecer e organizar-se politicamente até conquistar o direito soberano de construir um Novo Equador, independente, dono de seu destino e disposto a consruir um nível de vida digno que tenha por base a Justiça Social.
Se em Pichincha, comandados magistralmente por Antonio José de Sucre, participaram os Batalhões Alto Magdalena, Piura, Trujillo, Cazadores del Paya, Albión e Yaguachi, nesta oportunidade correspondeu ao grande cidadão equatoriano Rafael Correa ir à frente de um amplo movimento político composto pelos partidos comunistas, o Movimento Popular Democrático, Pachakutik, o Partido Socialista e o da Esqueda Democrática. E, junto a estes, importantes organizações como a CONAIE e outras, em número não menor de duzentas. Certamente, o povo unido jamais será vencido.
Foi uma cruenta batalha entre partidários de um Equador made in USA e para USA e os que estão dispostos a continuar a obra bolivariana iniciada a 22 de maio de 1822. As urnas confirmaram que os governantes de sempre terão, por força e razão histórica, que aceitar que as massas populares organizadas e participando democraticamente abram as portas de um processo político que transforme instituições decrépitas, que já não suportam mais remendos e, entre todos, construam uma nova Pátria.
Essa vitória exemplar é uma bandeira mais que começa a ser agitada pelos novos ventos que sopram na América Latina e no Caribe: O direito à autodeterminação, à Integração e intercâmbio em todos os campos, em igualdade de condições e mútuo benefício, a escolher livremente um sistema econômico cuja renda se traduza em desenvolvimento integral para o povo, começando pelos mais necessitados, a instaurar um regime político e instituições que correspondam à realidade de nossos países, necessitados de transformações profundas.
Motivados por esse fato histórico de soberania popular, miramos esse triunfo como se fosse também da América Latina e, em especial, nosso, pois, assim como a gente sensata e patriota, rechaçamos a ingerência do Império dos Estados Unidos nos assuntos internos de nossos países e sua guerra infame contra o povo colombiano, usando, para isto, o pretexto do narcotráfico e também o terrorismo. O Equador deu um grande passo adiante. O Império, um atrás, pois a base militar da ignomínia começou sua contagem regressiva em Manta. A vida dos pobres e a dignidade da Pátria em primeiro lugar!
Presidente Rafael Correa: Fazer menção de nossa Organização Guerrilheira sem recorrer ao termo "terrorista" e resistir ante as pressões para que sucumba a sua plausível atitude política, é formar parte do número cada vez maior de governos, entidades internacionais, partidos, movimentos sociais e personalidades que também conjugam o que sempre propomos como solução do conflito político, social e armado que aflige a Colômbia: A saída política à confrontação.
Essa foi, é e será uma das principais bandeiras de nossa luta pela Paz com Justiça Social. Bandeira que mantemos junto à Troca de Prisioneiros de Guerra e Políticos, a nossa Plataforma para um Governo de Reconciliação e Reconstrução Nacional e junto à nossa disposição e vontade política de fazer dos diálogos o mecanismo que permita às duas partes em conflito chegar a Acordos que ponham em marcha a Colômbia rumo à sua reconciliação e reconstrução, sem as quais não haverá Paz com Justiça Social.
Queridos irmãos e vizinhos, obrigado por sua lição de luta política pela soberania e pelo poder popular de seus povos. A vitória obtida nas passadas eleições é o início de uma dura e larga jornada para a construção do novo Equador.
Recordemos que, logo após a vitoriosa Batalha do Pichincha, se iniciaram os preparativos para a chegada do Libertador. A Cidade de Quito engalanou suas ruas principais com arcos e o povo vibrou de alegria. Pois, preparem a festa da posse, que será nos primeiros dias de Janeiro de 2007, porque já marcarão pressença nesse dia Bolívar, Manuelita, o Marechal Antonio José de Sucre, Mariana Carcelén e Eloy Alfaro! E, agora, o povo equatoriano, junto a seu Presidente Rafael Correa.
Contra o Imperialismo pela Pátria!
Contra a Oligarquia pelo Povo!
FARC-EP, Comissão Internacional,
Raúl Reyes
Montanhas da Colômbia
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