União Européia, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Coréia do Sul e Rússia assinaram, em Paris, um acordo para construir um reator de fusão termonuclear, destinado a fornecer daqui a 35 -45 anos energia limpa e ilimitada.
O reator , utilizando como o combustível a água operará esmagando átomos de hidrogênio de encontro uns aos outros - o mesmo processo que alimenta o Sol. O acordo foi assinado no Palácio do Eliseu, sede da Presidência da República francesa, e fará com que os sete parceiros - que representam mais da metade da população mundial - desenvolvam um projeto de colaboração ambicioso.
Trata-se do Reator Experimental Termonuclear Internacional (Iter, em inglês), projeto que começa a ser elaborado após vários anos de negociações, e cujo objetivo é criar um protótipo de usina para a produção de energia por meio da fusão de átomos.
Todos os representantes dos países que fecharam o acordo falaram sobre o caráter histórico da colaboração, e sobre como este projeto pode favorecer o desenvolvimento de uma energia duradoura e que respeita o meio ambiente, já que o reator não emitirá CO2, gás que é o principal causador do efeito estufa e da mudança climática.
"É uma mão estendida às gerações futuras em nome da solidariedade e da responsabilidade", disse o presidente da França, Jacques Chirac, para quem o esgotamento dos recursos energéticos fósseis e o aquecimento da Terra exigem "uma revolução dos modos de produção e de consumo".
Segundo o presidente da Comissão Européia (CE), José Manuel Durão Barroso, o desafio de garantir a segurança energética com o respeito ao meio ambiente é "vital" e, por isso, a CE quer uma estratégia nesse sentido.
Durão Barroso disse estar confiante em que, no futuro, será realizado o "sonho dos físicos: domesticar a energia das estrelas".
O Iter será instalado em um terreno de 180 hectares em Cadarache, no sul da França.O reator estará concluído em dez anos, com um custo estimado de cerca de 4,57 bilhões de euros.
Na primeira etapa de construção do reator a Rússia investirá no projeto mais de 500 milhões de dólares, comunica Itar-Tass citanado uma fonte de Rosatom, Agência russa da Energia Atómica.
A participação da Rússia consiste em produção e fornecimento do equipamento tecnológico essencial ao local de construção segundo uma lista já confirmada e num depósito de cerca de 380 milhões de dólares. A contribuição russa constitui 10 % do valor completo do projeto. Os valores iguais investem EUA, China, Índia, Coreia do Sul e Japão. UE investirá 50% .
Com EFE
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