A nova Constituição da Sérvia foi aprovada ontem por 51,6% dos votos dos 6,6 milhões de eleitores inscritos. O documento, que considera o Kosovo parte "inalienável" da Sérvia, necessitava do apoio de mais de 50% dos sérvios para entrar em vigor.
"Nós podemos dizer com um grau elevado de fiabilidade que a maioria dos eleitores aprovou a Constituição", declarou Zoran Lucic, director do Centro para as Eleições Livres e a Democracia, acrescentando que a taxa de participação foi de 53,5%. A consulta foi largamente boicotada pelos kosovares albaneses que, desde os anos 90, deixaram de participar nos escrutínios organizados pela Sérvia.
A nova Constituição, que deve substituir o texto promulgado no tempo de Slobodan Milosevic, surge numa altura em que prosseguem as negociações para um estatuto final do Kosovo, província administrada, desde 1999, pelas Nações Unidas. Os kosovares albaneses (90% da população) reclamam a independência. Mas a Sérvia recusa.
Seria ilegítimo reconhecer a independencia de Kosovo sem o consentimento de Belgrado , considera o presidente do Comité para Assuntos Internacionais da Duma , câmara baixa do parlamento russo, Konstantin Kosachevde acordo com Ria-Novosti.
Reconhecer a independência de Kosovo sem o consentimento de Belgrado significa ignorar a vontade do povo que habita o Estado, juridicamente único da Sérvia, integrado pela província de Kosovo, disse Koschev ao comentar os resultados do referendo em Sérbia.
Alterar unilateralmente a decisão sobre o estatuto de Kosovo , é o que tentam fazer mediadores internacionais , significa menosprezar a vontade do povo sérvio , disse Kosachev.
Entretanto assinalou, que a Rússia vai a seguir cooperando para encontrar uma fórmula de compromisso.
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