Na Nigéria caiu um Boeing 737 da companhia ADC que levava a bordo 104 pessoas. Espatifou-se e pegou fogo momentos depois da decolagem do aeródromo da capital do país, Abuja. Voou cerca de três quilómetros, com destino ao califado de Sokoto, no Norte.
Trazia entre os passageiros altos políticos, executivos e figuras religiosas. Segundo informações preliminares, pelo menos 7 pessoas sobreviveram, segundo Reuters.
"O sultão do Sokoto está entre as vítimas", disse Mustapha Sheu, porta-voz do Governo do Estado de Sokoto. Em declarações à agência France Press, confirmou que o ministro da Educação e de dois senadores estavam também a bordo do avião. "A tragédia", nas palavras do secretário-geral do Conselho Supremo do Islão, Lateef Adegbite, estendeu-se por um área equivalente a um campo de futebol.
Braços, pernas, cabeças chamuscadas, malas, roupa ainda a fumegar espalhavam-se pelo campo, situado a menos de quatro quilómetros do aeroporto de Abuja. Sete prováveis sobreviventes foram conduzidos para o hospital da capital nigeriana e, dois deles, segundo um condutor de ambulância, estavam muito mal.
Ainda não há informações precisas sobre a causa do acidente, mas fontes do aeroporto de Abuja disseram à agência EFE que o piloto do avião teria desrespeitado uma ordem da torre de controle, que pedira que ele esperasse o término de uma forte tempestade que atingia a cidade.
Nigéria é conhecida pela falta de segurança nos vôos das companhias locais, que já causaram centenas de mortes. Os acidentes aumentaram depois da privatização do setor, nos anos 80, o que obrigou as autoridades a aplicar novas medidas de segurança, as quais levaram à retirada de circulação das aeronaves que não estavam em boas condições e à implementação de revisões regulares.
O acidente com maior número de mortes foi o do Boeing 727 da mesma ADC, ocorrido em 1996. A aeronave caiu perto de Lagos, principal cidade do país. Os 142 passageiros a bordo morreram.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter