O primeiro-ministro tailandês, Thaksin Shinawatra, declarou hoje o estado de emergência numa mensagem transmitida pela televisão ao país, na sequência de rumores sobre um golpe de Estado.
"Declaro a vigência do estado de emergência em Banguecoque", declarou o primeiro-ministro na televisão estatal, numa gravação de voz feita a partir de Nova Iorque, onde está para a Assembleia Geral da ONU.
Thaksin ordenou às tropas para não efectuarem "movimentações ilegais", escreve a Reuters, adiantando que, segundo responsáveis governamentais, o primeiro-ministro tailandês antecipou em um dia o seu regresso ao país, agora previsto para quinta-feira.
Uma dezena de tanques avançou entretanto para o bairro onde estão instalados os principais edifícios do Governo, no centro da capital tailandesa, bloqueando todos os acessos, segundo testemunhas citadas pela Reuters e pela BBC.
Segundo a Associated Press, a televisão controlada pelo exército suspendeu a sua programação normal e está a transmitir imagens da família real e canções associadas, no passado, a outros golpes.
O correspondente da ITAR- Tass comunica a um canal da televisão russa que a situação na capital tailandesa fica calma, mas nota-se uma acumulação da técnica militar perto dos edifícios do Governo. O último golpe na Tailândia ocorreu 15 anos atrás.
O governo da Tailândia não foi capaz de começar novas políticas desde que o premiê dissolveu o Parlamento em fevereiro e convocou novas eleições em abril para pôr fim a protestos quase diários.
Naquele mês, o pleito foi boicotado e, em seguida, anulado.
Possivelmente, nova eleição ocorrerá em novembro.
Os protestos ocorrem desde novembro passado e os opositores acusam Thaksin de corrupção e abuso de poder.
A crise piorou depois de janeiro, quando a família do premiê vendeu a uma estatal de Cingapura o controle da empresa de telecomunicações que fundara na Tailândia.
Shinawatra, que está em Nova York para a Assembléia das Nações Unidas, pretende voltar para seu país na quinta-feira, um dia antes do previsto.
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