O presidente venezoelano, Hugo Chávez , e o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, participaram na quinta-feira em Cuba em uma reunião do Grupo dos 15 (G-15), uma organização econômica de países em desenvolvimento, que acontece paralelamente à 14a Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados.
"Há planos para invadir o Irã. Se chegar a ocorrer, vocês sabem que estamos com vocês, em qualquer situação", disse Chávez dirigindo-se a Ahmadinejad.
"Estaremos com o Irã, como estaremos com Cuba. Eu o disse a Fidel: se os Estados Unidos chegarem a invadir Cuba, aqui correrá sangue venezuelano. Terão de invadir a Venezuela também", comentou o presidente venezuelano, um dos críticos mais ferozes dos EUA.
"Que o imperialismo saiba que se vier contra um, terá de vir contra todos", disse Chávez durante a reunião do G15.
Hugo Chávez, pediu ao Grupo dos 15 que apóie o direito do Irã de "desenvolver sua energia nuclear para fins pacíficos". Para apoiar sua proposta, Chávez disse vários países do G-15 estão interessados em desenvolver energia nuclear para fins pacíficos, e citou Brasil e Argentina.
"A Venezuela está interessada, ouvi o (presidente Luiz Inacio) Lula (da Silva) dizer o mesmo, e (o presidente argentino, Néstor) Kirchner revelou a intenção da Argentina de continuar com as pesquisas, paralisadas há vários anos, na área da energia nuclear...".
"Não estamos falando em bombas atômicas. Nosso grupo (G-15) é a favor da eliminação de qualquer vestígio de arma atômica no mundo (...) e os Estados Unidos deveriam dar o exemplo. Quem sabe Israel vai destruir suas armas nucleares?!" - perguntou Chávez.
Depois da cúpula, Ahmadinejad prevê fazer uma visita oficial à Venezuela.
Criado em 1989 durante a Cúpula do NOAL em Belgrado, o G-15 tem o objetivo de estimular a cooperação sul-sul e promover o diálogo com os países desenvolvidos.
O grupo é integrado por Brasil, Argélia, Argentina, Chile, Egito, Jamaica, Quênia, Índia, Irã, Indonésia, Malásia, México, Nigéria, Peru, Senegal, Sri Lanka, Venezuela e Zimbábue.
Cuba, que assume a Presidência temporária do movimento, pretende transformar o grupo em uma frente contra a "hegemonia" dos EUA.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter