As autoridades ugandesas confirmam que os rebeldes do Lords Resistance Army, que causou dezenas de milhares de mortes no norte do país desde 1987, estão a cumprir os termos do acordo assinado recentemente entre este grupo e o Governo ugandês.
Sob o acordo, os rebeldes irão acantonar-se em bases no sul do Sudão, onde irão receber alimentação e acomodação como uma primeira fase de terminar o conflito, que causou, além das mortes, até três milhões de deslocamentos. Dezenas de milhares de crianças foram raptadas pelo LRA, de Joseph Kony, que devastou regiões no norte da Uganda.
Joseph Kony foi relatado na imprensa internacional mais pelas suas crenças religiosas queria formar uma teocracia baseado nos Dez Mandamentos - mas a base da questão é tribal, embora ironicamente as pessoas que sofreram mais com os seus ataques foram seu próprio povo, os Acholi.
A tia de Kony, Alice Lakwena, liderou o Exército do Espírito Santo em meados dos anos 80 contra as forças do governo central, liderado pelo Presidente Museveni. A paz vem agora numa altura importante, pois ultimamente o LRA tinha feito ligações com o movimento Interhamwe na parte oriental da RD Congo.
Nas negociações entre o LRA e o Governo, as duas partes discutem a transformação do LRA em formação política e a integração dos combatentes na sociedade ugandesa.
Uganda ofereceu uma amnistia aos líderes do LRA, contrário aos desejos do Tribunal Penal Internacional, que queria julgar Kony e os outros líderes do LRA pelos seus crimes (assassínio, violação e rapto).
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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