Um procurador do trbunal líbio reclamou, ontem, a pena de morte para cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestiniano acusados de terem inoculado o vírus da SIDA a 426 crianças no Hospital de Benghazi (nordeste da Líbia). A rádio nacional líbia indicou que o promotor considerou que os acusados, que estão presos desde fevereiro de 1999, não podem provar sua inocência.
O representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros búlgaro, Dimitr Tzhanhev, declarou , logo após terminar o julgamento, que a "acusação do Ministério Publico da Líbia não foi confirmada pelas provas e contraria à opinião de especialistas internacionais".
Os especialistas, entre eles o professor francês Luc Montaigner, um dos descobridores do vírus, atribuem as causas da doença às más condições higiênicas do hospital de Bengazi.
Os acusados tinham já sido condenados à morte em primeira instância em 6 de Maio de 2004. Recorreram dessa sentença e deverão ouvir, no próximo dia 5, o veredicto final que o Governo búlgaro admite ser diferente do da sentença de morte.
A Bulgária tem contestado a acusação dizendo que a SIDA já existia antes das enfermeiras terem começado a trabalhar naquele hospital. Por sua vez, as cinco enfermeiras e o médico sempre negaram as acusações, dizendo que foram obrigados a confessar pela Polícia após terem sido torturados.
O Governo Líbio admite libertá-los se for paga uma indemnização de dez milhões de dólares por criança infectada.
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