Já foram iniciados contatos para a abertura de negociações sobre uma troca de prisioneiros entre o grupo xiita libanês e Israel , disse o líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, em entrevista divulgada ontem.
Nasrallah afirmou também que não teria ordenado a captura de soldados israelenses se soubesse que ela levaria a uma guerra de grandes proporções. Ele admitiu que a ampla resposta de Israel foi uma surpresa. O conflito matou cerca de 1.200 pessoas no Líbano (na maioria civis) e 157 israelenses (na maioria militares). Não fazíamos nem 1% de idéia de que a captura levaria à guerra e naquela magnitude. Você me pergunta se eu ordenaria a operação se soubesse em 11 de julho que ela levaria a essa guerra? Digo que não, absolutamente não.
A captura de dois soldados israelenses pelo Hezbollah em 12 de julho levou à recente guerra, que durou 34 dias.
Começaram recentemente os contatos para negociações, disse Nasrallah à Nova TV do Líbano. Parece que a Itália está tentando abordar o assunto. A ONU está interessada e as negociações seriam feitas por meio de Nabih Berri - o xiita que preside o Parlamento libanês. Os israelenses sabem que esta questão caminha para negociações e a troca (de prisioneiros), acrescentou.
Nasrallah assinalou que a questão será discutida durante a visita que o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que já chegou a Beirute.
Fontes do governo israelense citadas pelo jornal Haaretz disseram que não há negociações em andamento sobre troca de prisioneiros. Mas o presidente do comitê de Defesa do Senado italiano, Segio De Gregorio, indicou à Reuters haver efetivamente contatos para isso. De Gregorio disse esperar que as negociações comecem ainda nesta semana.
Reuters, AP
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