Chávez chegou ontem à Malásia após uma visita à China. O presidente venezuelano disse que a Malásia e a China também apoiariam a candidatura da nação sul-americana a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU.
Em Pequim Hugo Chávez assinou uns acordos com as companhias estatais China National Petroleum e China Petroleum and Chemical (Sinopec) para uma exploração conjunta na região venezuelana do Orinoco, um dos maiores reservatórios petrolíferos do planeta.
Chávez afirmou que planeja triplicar suas exportações de petróleo para Pequim nos próximos cinco anos. "Nós nos converteremos num dos principais exportadores de petróleo para a China", enfatizou Chávez, que sabe que a maioria do petróleo venezuelano acaba nos Estados Unidos e, por isso considera a China um tentador mercado alternativo para alterar essa tendência.
A tensão entre Caracas e Washington foi reacendida na semana passada após a Venezuela confiscar uma carga que a Embaixada dos Estados Unidos diz estar protegida por protocolo diplomático.
A Venezuela vai enfrentar a Guatemala nas eleições da Assembléia Geral da ONU em outubro na disputa por uma das 10 cadeiras rotativas dos 15 membros do Conselho de Segurança.
Os Estados Unidos apóiam a Guatemala para o posto, em oposição à Venezuela, sob acusações de que Chávez está usando a receita do petróleo para desestabilizar a democracia na região.
Chávez acusa os Estados Unidos de pressionar nações a votar contra a Venezuela, o quinto maior exportador de petróleo do mundo. Ao mesmo tempo, o presidente venezuelano passou as últimas semanas ao redor do globo reunindo o apoio de países como a Rússia, Belarus, Irã e Vietnã. Ele deve visitar Angola após deixar a Malásia e disse na sexta-feira que está planejando uma visita à Síria o que deve aborrecer ainda mais os Estados Unidos.
Com Reuters
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