Após três dias de violentas trocas de tiros de artilharia pesada os campos do actual Chefe do Estado congolês, Joseph Kabila, e do seu vice-presidente e rival numa segunda volta das eleições presidenciais, Jean-Pierre Bemba, chegaram ontem à noite a um acordo para retirar os seus militares do centro de Kinshasa, a capital do Congo.
O acordo, indicaram fontes das Nações Unidas às agências, foi assinado por representantes de Kabila e Bemba, do exército congolês, da missão da ONU na República Democrática do Congo (Monuc), da força da União Europeia no Congo (Eufor) e da missão europeia de polícia (Eupol), reunidos num "grupo de trabalho" em Kinshasa.
Os recontros entre os simpatizantes de Joseph Kabila e Jean-Pierre Bemba rebentaram na capital do Congo neste domingo, mesmo antes da publicação dos resultados do primeiro turno das presidenciais e continuaram tres dias. Foram registrados umas mortes. Ontem à noite regressou a calma e começou a retirada dos militares dos dois campos .
O actual Presidente não conseguiu mais de 50% dos votos dos cerca de 25 milhões de eleitores do antigo Zaire. Vai ser, por isso, obrigado a disputar uma segunda volta a 29 de Outubro com Bemba, antigo líder rebelde e um dos vice-presidentes saídos do processo de transição no Congo.
Para ajudar o contingente de paz da ONU, umas unidades adicionais de efetivos da União Européia estão sendo desatacadas a partir do Gabão.
Segundo o Diário de Notícias, no âmbito da força de intervenção rápida da Eufor, Portugal tem 30 fuzileiros do Destacamento de Acções Especiais da Marinha no Gabão, cuja probabilidade de serem chamados para a capital congolesa é bastante elevada.
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