No mês passado, um bombardeio israelense causou o derramamento de óleo de uma usina de energia em Jiyeh, 20 quilômetros ao sul de Beirute. A situação é classificada pelos especialistas como desastre ecológico a longo prazo, mas até agora não chamou muito a atenção mundial devido à tragédia da guerra.
Os ecólogos advertem que litoral do Líbano pode levar mais de dez anos a recuperar do derrame de combustível .
O ministro do Ambiente libanês, Yacoub Sarraf, avançou com estas previsões e acrescentou que nada poderá ser feito enquanto persistir o conflito entre Israel e o Hezbollah.
Entretanto, a mancha de combustível já atingiu 120 quilómetros da costa do país, que já se mostra gravemente afectada.
«O estrago está feito. Não é preciso dizer que toda a comunidade de pescadores será atingida por, pelo menos, dois ou três anos, até que o ecossistema se restabeleça», disse Sarraf. «O sector do turismo também foi afectado por uma ou duas temporadas e estou a ser bastante optimista».
Alem disso o ataque à usina causou um vazamento de petróleo pesado e que alguns de seus componentes, como o benzeno, podem causar câncer. Com base em dados obtidos no Líbano, o grupo INFO/RAC, que trabalha com o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas, com sede em Roma, afirma que a mancha , chegando à Síria expõe quase três milhões de pessoas a problemas de saúde.
Segundo a BBC, citada pelo portal da Confagri, as últimas imagens de satélite a que o Governo libanês teve acesso mostram a mancha de combustível a expandir-se pelo Mediterrâneo, em direcção à Turquia e ao Chipre.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter