Esta segundafeira além de Beirute, a Força Aérea israelense bombardou todo o Sul do Líbano. Paralelamente vão se ampliando as proporções da operação terrestre, tudo isso em represália pelos mísseis disparados domingo pelo Hezbollah contra Haifa e outras cidades portuárias.
Ataques produziram o maior número de vítimas mortais desde o início, há 26 dias, desta nova guerra no Próximo Oriente.
Segundo alguns analístas russos, essas ações de Israel são capazes de degenerar numa maior radicalização do mundo islâmico para o qual o Hezbollah é , acima de tudo , uma ideia.
A escalada do conflito militar pode fazer explodir toda a região. Os guerrilheiros de Hezbollah têm de ser neutralizados, sim, mas quando a gente olha para milhares de inocentes sendo mortos no Líbano, compreende que a posição de Israel tem algo errado.
O Hezbollah, em sua condição de partido político, é uma filosofia. Uma filosofia não pode ser destruída com bombas. Portanto, os extremistas liquidados serão substituídos por outros. Quem sabe se esses extremistas novos não virão em número maior ainda.
Entretanto o Exército libanês já anunciou mobilização para defender a Pátria. São convocados para serviço os reservistas dos últimos cinco anos. Até o momento, o Exército nacional não participava dos embates entre as tropas israelenses e os combatentes do Hezbollah. Enquanto isso, suas posições e postos de vigilância já foram várias vezes alvo de bombardeios aéreos e terrestres de Israel.
O anúncio de mobilização saiu pouco depois do apelo lançado por Israel aos habitantes das zonas meridionais do Líbano para náo saírem do domicílio após as 23 horas.
Algum tempo atrás, o ministro da Defesa, Amir Peretz havia anunciado que seu país ampliará a operação terrestre no Líbano, caso os esforços diplomáticos sejam infrutuosos. Em Beirute, essa advertência foi considerada comi início de uma ampla operação no intuito de estabelecer controle sobre as regiões meridionais.
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