O Ministério Público do Iraque pidiu hoje (dia 19) numa sessão do processo em Bagdad a ter condendo à pena de morte o Saddam Hussein, ex-presidente iraquiano , informam fontes locils. O processo começou no dia 19 de octubro e já tiveram lugar 35 sessões. Saddam Hussein e sete ex-integrantes de seu governo são acusados de envolvimento no massacre de 148 xiitas no vilarejo de Dujail, em 1982.
Os últimos argumentos da defesa devem ser apresentados no dia 10 de julho. Depois disso, o painel de cinco juízes deve apresentar as sentenças contra os oito réus.
A ação contra o vilarejo de Dujail teria sido em represália a um tentativa frustrada de assassinar Saddam Hussein.
Um dos avogados da acusação, cujo nome não foi revelado por motivo de segurança, disse nesta segunda-feira que os réus conduziram um ataque "sistemático" e de "grande escala" a Dujail.
"Eles aprisionaram homens, mulheres e crianças, que foram submetidos a tortura física e mental, incluindo o uso de choques elétricos", disse o advogado.
Segundo ele, o suposto atentado contra Saddam Hussein não passou de uma "fabricação" com objetivos políticos.
A defesa, por sua vez, argumenta que a operação em Dujail foi uma resposta necessária à conspiração para assassinar Saddam Hussein e que algumas das 148 pessoas que teriam sido mortas estão, na verdade, vivas.
O julgamento de Saddam Hussein e dos sete réus já foi alvo de críticas de alguns especialistas em direito que alegam que o tempo de preparação dado à defesa foi menor do que o dado à acusação.
O processo também foi marcado pelo assassinato de dois advogados de defesa e pela renúncia de juiz-chefe em janeiro de 2006.
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