Por ANTONIO CARLOS LACERDA
Correspondente Internacional
ROMA/ITALIA (PRAVDA RU) Depois de sofrer com problemas de contusão e ser vaiado na segunda fase, a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei superou as adversidades e conquistou o tricampeonato Mundial, disputado na Itália, vencendo a Seleção de Cuba por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/14 e 25/22, em Roma.
O Brasil deu um show de vôlei e assombrou o público ao passear sobre a seleção cubana, em Roma, a cidade eterna, dos imperadores, na Itália, e conquistou o tricampeonato do Mundial de Volei.
Com o terceiro título consecutivo, o Brasil iguala a marca da anfitriã Itália, que na década de 90 conseguiu o mesmo feito vencendo a competição em 1990, 1994 e 1998.
Com garra, competência e sangue frio no duelo contra os cubanos valeu a experiência sobre os nervosos caribenhos. Mesmo com grande parte da torcida no Ginásio Palalottomatica, em Roma, contra o Brasil, a equipe do técnico Bernardinho fechou a partida em fáceis 3 sets a 0.
Com atuações impecáveis de Dante e Leandro Vissotto, que já tinha sido decisivo contra a Itália na semifinal, o Brasil jogou como se estivesse brincando.
Bernardinho conseguiu ainda uma honra nunca antes alcançada por outro treinador, se tornando o primeiro tricampeão mundial seguido do vôlei.
A vitória sobre os cubanos coroa ainda a renovação no time brasileiro, que aconteceu depois da prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Antes do primeiro ponto, já ficou claro que a torcida seria a favor de Cuba. No primeiro saque da partida feito por Murilo, o público italiano despejou vaias em cima do brasileiro. Depois de um começo parelho, a Seleção começou a abrir vantagem no saque de Leandro Vissotto.
Com três pancadas seguidas, ele desmontou a recepção cubana e a equipe brasileira abriu 6 a 2 no marcador. Em um ace de Dante, quando foi para o saque, o Brasil chegou à primeira parada técnica vencendo por 8 a 3.
Os cubanos seguiam com problemas de recepção. Jogando de forma paciente, o Brasil foi virando bem as bolas, e chegou ao segundo tempo técnico com tranquilos 16 a 10.
Com Leal e Leon, os cubanos foram aos poucos crescendo em quadra e trazendo um pouco de perigo aos brasileiros. Quando a diferença diminuiu para três pontos (20 a 17), o técnico Bernardinho, do Brasil, parou o jogo para frear o ímpeto adversário, mas não deu muito resultado. Em um saque de Hernandez, a diferença diminuiu para dois pontos.
O Brasil precisou recuperar o foco para fechar a parcial, e Bernardinho fez a tradicional inversão entre opostos e levantadores. Em uma cortada do reserva Théo, o Brasil conseguiu sair na frente da partida com 25 a 22 no marcador.
Com erros bobos de ataque dos cubanos, o Brasil começou o segundo set de forma avassaladora. Quando os caribenhos foram marcar o primeiro ponto, o placar já estava em 4 a 0. O bloqueio do Brasil funcionou bem e na primeira parada técnica, o placar marcava 8 a 3 para o time de Bernardinho.
O técnico cubano Orlando Blackwood tentou mudar um pouco a tática, tirando o levantador titular Hierrezuelo para a entrada de Diaz. A substituição surtiu efeito no começo, mas o Brasil retomou sua larga vantagem a frente do marcador e abriu 11 a 6, obrigando o treinador caribenho a pedir um tempo.
A expressão fisionômica dos cubanos era de que estavam sentindo a pressão de disputar sua primeira final de Mundial, e o abatimento foi tomando conta de Leon e Simon. O Brasil fechou a segunda parcial em fáceis 25 a 14.
O terceiro set começou mais disputado. Com o Brasil um pouco relaxado, os cubanos conseguiram igualar o jogo até pouco depois da parada técnica. Mas o Brasil retomou fôlego e se manteve aceso.
No segundo tempo técnico, o placar marcava Brasil com 16 pontos e Cuba com 11. A boa vantagem permitiu ao Brasil jogar com calma, explorando o bloqueio adversário. Mas os cubanos reduziram a vantagem e o Brasil interrompeu a partida. Por fim, o bloqueio brasileiro voltou a funcionar, e o título veio com 25 para o Brasil e 22 para Cuba.
ANTONIO CARLOS LACERDA é Correspondente Internacional do Pravda Ru no Brasil.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter