O Kosovo, que declarou independência da Sérvia no último domingo não deve competir na Olimpíada de Pequim, em agosto, com uma delegação própria. De acordo com o porta-voz do Comitê Olímpico Internacional, Emmanuelle Moreau, o país teria que cumprir uma longa lista de exigências antes de integrar o COI, e que o tempo disponível até o Jogos seria insuficiente para tal.
"Hoje, ainda temos de aguardar uma decisão da ONU sobre o assunto, mas é improvável que atletas defendam Kosovo em Pequim pelo pouco tempo disponível", afirmou Moreau. Para o COI reconhecer um novo país, exige-se que ele já tenha sido aceito pela Organização das Nações Unidas. Além disso, a nova confederação teria que organizar um comitê olímpico nacional coligado a um certo número de federações esportivas mundiais.
Após esses primeiros passos, o país deveria ser aprovado em uma reunião no Comitê Executivo do COI, como aconteceu recentemente com Montenegro, outra parte da desmembrada Iugoslávia.
Se não conseguirem a autorização a tempo, os atletas nascidos no Kosovo ainda assim poderão disputar os Jogos, só que como "atletas independentes". Em Sydney, em 2000, quatro atletas do Timor Leste competiram independentemente, sem representar a bandeira de seu país, que ainda não havia sido reconhecido oficialmente pela ONU.
Assim como o Timor, o Kosovo era controlado desde 1999 pela ONU, e no último domingo, sem a concordância do país ao qual fazia parte, a Sérvia, declarou sua independência, sendo reconhecido como um novo país no cenário internacional por países como Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha.
Gazeta Press
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