Segunda Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) do Brasil afastou dos jogos por 120 dias o atacante Romário, de 41 anos, na sequência de um controlo antidoping positivo em que foi detectada furosemida, uma substância mascarante que a antiga estrela da selecção de futebol canarinha disse ter tido origem num medicamento para a queda do cabelo.
Os advogados do Vasco, clube do atleta, disseram que pretendem recorrer da decisão que impediria o atacante de atuar como jogador e treinador no Torneio de Dubai, nos Emirados Árabes, em janeiro do ano que vem. "Sabemos que o Tribunal vai entrar em recesso, mas vamos recorrer dessa decisão o mais rápido possível, assim que for viável", disse á Reuters o advogado do Vasco, Paulo Reis.
O atacante não compareceu ao STJD para o julgamento porque, segundo os advogados, estaria "muito tenso e nervoso". "Ele até adiou uma viagem com a família para esperar o resultado do julgamento", acrescentou Reis. Antes do julgamento, o procurador do STJD, Paulo Schmidt, ponderou que a decisão do STJD poderia ser válida apenas para competições nacionais, organizadas por entidades brasileiras.
"Normalmente, as penas alcançam o território nacional. E muitas punições não se aplicam aqui no Brasil, quando a competição é organizada por uma entidade internacional, como no caso da Copa Sul-Americana", disse o procurador do tribunal.
Romário foi punido com a mesma pena que outro jogador Marcão, do Internacional que sofreu por ter usado um medicamento com a mesma substância, que não ter efeitos dopantes, mas é proibida por ajudar a mascarar o uso de produtos mais fortes, como os esteróides anabolizantes.
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